Saiu no site G1
Veja publicação no site original: Mais de 60 medidas protetivas já foram aplicadas por violência doméstica durante a pandemia de Covid-19
Dados são do Tribunal de Justiça do Estado do Acre registrados na capital acreana, Rio Branco, e Cruzeiro do Sul, no interior.
Mais de 60 medidas protetivas foram aplicadas por violência doméstica durante a pandemia de Covid -19 — Foto: Gilberto Sampaio/Rede Amazônica Acre
Em duas semanas, a Justiça do Acre aplicou 61 medidas protetivas em favor de vítimas de violência doméstica em Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Com o isolamento social devido à pandemia de Covid-19, as agressões contra mulheres dentro de casa também preocupam.
O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) divulgou, na sexta-feira (3), que as medidas foram aplicadas nas últimas duas semanas do mês de março nas duas maiores cidades do Acre.
Mesmo com a suspensão dos atendimentos presenciais e prazos processuais, a Justiça garantiu que tem atendido e trabalhado para proteger as mulheres.
Atendimentos Deam e Patrulha Maria da Penha
A publicação do TJ-AC destaca que a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) registrou, nos primeiros três meses do ano, mais de 300 procedimentos, sendo 2283 inquéritos policiais e 80 medidas protetivas.
O G1 tentou contato com a coordenação da Deam, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.
A mulher vítima de violência doméstica tem também o auxílio da Patrulha Maria da Penha. A vítima pode acionar a equipe pelo 190 e denunciar as agressões.
Dados da Patrulha, também divulgados pela Justiça, detalham que em fevereiro deste ano foram recebidos 547 chamados e em março esse número subiu para 573.
A major Alexandra Rocha, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, disse que antes da quarentena a equipe ia até a casa da mulher que precisa de ajuda e que tem medida protetiva para fazer o acolhimento. Agora, o acolhimento continua, mas a forma de abordagem teve que mudar um pouco.
“Com o isolamento, conversamos com ela da calçada, não entramos mais na casa, ela fica na janela. Perguntamos se o agressor está cumprindo a medida protetiva e continuamos apoiando. Para as demais que nunca denunciaram, mas sabemos que sofrem, passamos na rua anunciando no alto falante para ligarem no 190”, explicou