Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE:
Veja publicação original: Weinstein tinha “lista negra” de quase 100 pessoas para abafar casos de assédio sexual
Segundo jornal, produtor teria entregado 91 nomes aos investigadores para evitar que suas acusações fossem a público
Mais uma episódio da novela do caso Harvey Weinstein. Segundo informações do The Guardian, o magnata de Hollywwod teria uma “lista negra” secreta com quase 100 nomes de atores, assessores e produtores que sabiam de suas acusações de assédio sexual.
Weinstein criou uma lista de 91 pessoas para descobrir o que elas sabiam sobre seu histórico de assédios e se elas pretendiam vir a público com as informações. O documento foi supostamente compilado no início de 2017 e distribuído a uma equipe contratada pelo produtor cerca de nove meses antes do The New York Times publicar reportagem que relata os abusos feitos por Weinstein.
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As pessoas na lista de Weinstein eram alvo de investigadores que coletariam informações sobre quem tinha conhecimento das alegações. O resultado da busca e os comentários dos profissionais seriam então reenviados para Weinstein e seus advogados.
Na lista – cuja uma parte foi publicada pelo The Guardian – contém os nomes de várias atrizes e funcionários que acusaram Weinstein de abuso sexual, incluindo Rose McGowan – que acusou Weinstien de estupro.
A lista confirma ainda que Weinstein estava ciente de que o New York Times estava reunindo testemunho de suas vítimas muito antes de publicar a primeira reportagem com a notícia. Um profissional de relações públicas é listado ao lado de uma nota dizendo: “HW [Harvey Weinstein] em contato com ele. Amigos de Jodi Kantor “. Kantor é a jornalista do New York Times que deu o furo sobre Weinstein que imediatamente engoliu o produtor e a empresa de produção cinematográfica que ele co-fundou com seu irmão, Bobby Weinstein.
Alerta vermelho
Mais de 50 dos nomes foram coloridos em vermelho para destacar aqueles que deveriam ser priorizados pelos investigadores – indivíduos que Weinstein desejava atingir. Além do nome de McGowan, estão destacados o nome de Sophie Dix e Laura Madden e Anabella Sciorra. Dix é uma atriz inglesa e uma das primeiras mulheres a acusar Weisntein. Segundo ela, sua carreira foi “massivamente reduzida” depois de o produtor assediá-la em um quarto de hotel em Londres. Sciorra é outra atriz que, depois de o caso de Weinstein vir a público, alegou que teria sido estuprada pelo produtor em 1991.
Já Madden é uma ex-funcionária e também uma das primeiras vítimas a acusarem o magnata. Segundo ela, Weinstein exigiu que ela o desse massagens em hotéis em Londres e em Dublin. Na lista obtida pelo Guardian, uma nota aponta que Madden estaria sob os olhos dos investigadores desde fevereiro de 2016. Segundo o jornal, a nota diz que sua opinião sobre Weinstein é “bem amarga”.
Não se sabe se Weinstein pretendia propor um acordo de não divulgação a cada uma das pessoas na lista. Desde a publicação da reportagem do The New York Times, no entanto, mais de 50 mulheres acusaram Weinstein, o que deu início a investigações policiais nos Estados Unidos e Reino Unido.
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