Saiu no site: BLOG DO EDSON SOMBRA
Ambiente de trabalho
Nos órgãos públicos, que existem aos montões no Distrito Federal, predomina a situação de que homens são os ocupantes das maiorias dos cargos de chefia. Muitos desses “homens”, se é que merecem ser chamados assim, reproduzem no ambiente de trabalho o machismo que existe na sociedade. Os fatos a seguir são verdadeiros, mas com preservação dos nomes, para proteger as vítimas. O assunto é chato, mas precisamos conversar sobre isso.
O sujeito é o típico machista e hipócrita: Repugnante, Pusilânime e Salafrário. O covarde adora gritar com as mulheres que trabalham em sua repartição. Tripudia e humilha. Ameaça representar e representa contra as vítimas na Corregedoria no órgão onde trabalha. Na vida particular diz que vai à missa, se diz um bom cristão, cuida da sogra, cuida dos filhos, bem, pelo menos diz que cuida.
No trabalho,ascendeu, desde que ingressou no cargo público, por ser especialista em uma coisa: puxar-saco. Bajulador ao extremo, sempre submisso, mas, quando tem uma oportunidade, grita e humilha as suas vítimas. Com homens não tem a coragem de fazer o mesmo, talvez por medo de ser derrubado por uma grande porrada. Se fizer com homens o que faz com as colegas mulheres sabe que vai apanhar.
Ele como muitos tentam justificar às condutas e posturas que adotam com as colegas mulheres como forma de compensação por suas prováveis frustrações sexuais.
“Apresentando uma deficiência física que, certamente, trouxe sérios comprometimentos a sua sexualidade. Talvez seja broxa, defendem alguns. Provavelmente os filhos dele nem sejam dele mesmo, regurgitam outros. Nada disso, no entanto, serve como desculpa, como muleta para as condutas misóginas que adota”.
Temos que prestar atenção nessa história, pois ela acontece entre pessoas esclarecidas. As vítimas são estudadas, muitas com mestrado e doutorado, mas nem todo o estudo e formação impede que elas sejam vítimas. O ambiente de trabalho, inclusive no setor público, ainda permite que violências contra a mulher aconteçam diariamente.
As vítimas, mesmo sendo bem remuneradas, com excelente formação, temem represálias. Ainda é a palavra dele contra a delas. Para derrubar a máscara do Repugnante, Pusilânime e Salafrário, talvez seja preciso mais do que a palavra delas. Infelizmente ainda é assim, embora, aos poucos, isso esteja mudando.
Não devemos deixar que as muletas psicológicas dos abusadores sirvam como desculpa. Temos que ir além da aparência. Não podemos mais tolerar esse tipo de comportamento em nenhum lugar. Os abusadores precisam ser expostos.
Veja publicação original: Violência e assédio contra a mulher no ambiente de trabalho