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Veja publicação original: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: Mais de 30% das mulheres que buscam ajuda em centro de referência são evangélicas
Com a desculpa de “cuidado e zelo”, ou por ciúme doentio, muitos homens agridem suas companheiras. Por isso, a repórter Isadora Lobo, da TV Aratu, foi saber um pouco mais sobre essas histórias no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) – Loreta Valadares, localizado no bairro dos Barris, em frente à Delegacia do Idoso.
Na reportagem exibida nesta segunda-feira (17/7), no programa QVP, da mesma emissora, um dado que surpreende: aproximadamente 33% das mulheres agredidas – atendidas pelo Cram – são evangélicas. Uma das mulheres entrevistadas, que não quis se identificar, disse que seu ex-companheiro, certa vez, disse que ia atear fogo nela. O motivo? O horário que ela estava chegando em casa.
Confira a matéria abaixo
Segundo a coordenadora do Centro Loreta Valadores, o fato de 33% das mulheres atendidas este ano serem evangélicas não significa que elas são as mais agredidas. A maioria das vítimas é pobre e negra, mas a violência engloba todas as classes sociais e escolaridades.
As agressões mais comuns são a física e a psicológica, porém, a mais difícil de ser admitida pelas mulheres é a sexual. Acreditam que, por serem casadas, têm a obrigação de manter relações, mesmo que os companheiros as maltratem.
Quando a equipe de reportagem da TV Aratu chegou, algumas mulheres estavam fazendo aula de dança, mas não quiseram ser gravadas, pois muitas ainda convivem com os agressores e esse é um dos poucos momentos de alegria para as mesmas.
SERVIÇO
Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) – Loreta Valadares
Onde: Praça Dr. João Mangabeira, 01 – Barris, em frente à Delegacia do Idoso
Contato: 3235-4268 | centroreferencialv@gmail.com
Funcionamento: Segunda a sexta, 8h às 18h
SAIBA COMO DENUNCIAR EM CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
– Ligue 180, serviço telefônico gratuito disponível 24 horas em todo o país;
– Clique 180, aplicativo para celular;
– Ligue 190, se houver uma emergência;
– Delegacias de polícia;
– Delegacias da Mulher (se não funcionar 24 horas, o boletim de ocorrência pode ser feito em uma delegacia normal e depois transferido);
– Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, para os casos em que a mulher não se sente segura em procurar a polícia;
– Serviços de Atenção Integral à Mulher em Situação de Violência Sexual, como abrigos de amparo;
– Defensoria Pública, que atende quem não possui recursos para contratar um advogado;
– Promotorias Especializadas na Defesa da Mulher
A Secretaria de Políticas para as Mulheres oferece os endereços das delegacias e pontos de atendimento em seu site, assim como também tem uma cartilha que ensina como identificar a violência doméstica.