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Veja a publicação original: Vídeo ensina sinal silencioso com a mão para denunciar violência doméstica
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Um vídeo divulgado pela Canadian Women’s Foundation (CWF), que luta pela igualdade de gênero e empoderamento feminino no Canadá, quer ajudar mulheres a denunciar violência doméstica mesmo estando em casa, respeitando a quarentena. A ideia é disseminar um sinal silencioso com as mãos para que as vítimas possam falar dos abusos que sofre durante uma videoconferência, por exemplo.
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“Os índices de violência de gênero estão aumentando no Canadá”, alerta a fundação em seu perfil no Instagram. “#SignalForHelp [‘sinal para ajuda’, em tradução livre] é uma ferramenta que pode ser útil àquelas que sofrem violência e àqueles que querem ajudá-las”, completa.
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No vídeo, uma mulher conversa com outra por vídeo. Em dado momento, ela levanta a palma de uma das mãos, fecha o polegar (fazendo uma espécie de “4”) e, em seguida, abaixa todos os dedos, ficando de punho fechado por alguns seguidos. Esse sinal indica que ela está sendo vítima de violência doméstica.
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O perfil da CWF ainda aconselha as seguidoras a procurarem por informação sobre serviços que podem fornecer-lhes ajuda e suporte na comunidade canadense. “Desta forma, quando alguém nos pedir [ajuda], estaremos prontas para sugerir um serviço relevante”, explica a fundação.
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Violência no Brasil
Em tempos de coronavírus e, consequentemente, quarentena, o aumento dos casos de violência doméstica é uma preocupação em todos os países. No Brasil, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que houve um aumento de 22% nos registros de casos de feminicídio durante a pandemia.
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Pensando nisso, a membros do Judiciário e entidades da sociedade civil uniram forças para lançar a campanha “Sinal Vermelho” contra a violência doméstica. O objetivo é incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um “X” na mão e exibi-lo a um atendente da farmácia, a vítima poderá receber ajuda e acionar as autoridades.
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“A vítima, muitas vezes, não consegue denunciar as agressões porque está sob constante vigilância”, explicou Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). “As vítimas normalmente têm vergonha, têm medo de morrer. A campanha é direcionada para todas as mulheres que possuem essa dificuldade de prestar queixa”, completou.