Saiu no site ONU BRASIL
Veja publicação original: Venezuelanas participam de oficina de caratê em Roraima
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“Todas com o braço direito na frente. Vamos dar três golpes mudando os braços”. Entre gritos, sorrisos e palmas, cerca de 90 adolescentes e mulheres venezuelanas participaram de uma oficina de artes marciais promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Pacaraima (RR).
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Realizada num abrigo de passagem para refugiados e migrantes, a atividade aconteceu na última sexta-feira em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, 8 de março.
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“Todas com o braço direito na frente. Vamos dar três golpes mudando os braços”. Entre gritos, sorrisos e palmas, cerca de 90 adolescentes e mulheres venezuelanas participaram de uma oficina de artes marciais promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Pacaraima (RR). Realizada num abrigo de passagem para refugiados e migrantes, a atividade aconteceu na última sexta-feira em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, 8 de março.
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Com a ação, o organismo da ONU buscou promover o empoderamento e a resiliência de meninas adolescentes e mulheres, além de fortalecer a convivência e os vínculos entre as venezuelanas.
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A professora de caratê J*, que coordenou a oficina, mora com o filho no abrigo de passagem, conhecido pela sigla BV8. Na Venezuela, a refugiada era lutadora profissional e educadora para crianças e adultos. A atleta chegou a representar o país internacionalmente.
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Tanto em Boa Vista como em Pacaraima, o UNFPA trabalha na resposta à violência de gênero entre refugiadas e migrantes. A agência também promove o acesso à saúde sexual e reprodutiva, em especial para mulheres e meninas.
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A venezuelana Yessica Silva, de 25 anos, é casada e mãe de cinco filhos. A estrangeira conta que, em razão do trabalho doméstico e da falta de condições financeiras, a oficina foi a primeira vez em que teve a oportunidade de participar de uma atividade como essa.
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Para Yessica, que mora no alojamento de passagem desde dezembro, a aula de artes marciais proporcionou um momento de descanso e liberdade. “Me senti livre de um peso: das minhas preocupações. Foi um relaxamento para o meu corpo, mas principalmente para a minha mente.”
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Em seu país, a venezuelana trabalhava cuidando dos próprios filhos, mas também em ocupações em casas de família e em minas de ouro na Venezuela. Veio para o Brasil com a esperança de oferecer uma vida melhor à família. “Quero mostrar aos meus filhos, e principalmente às meninas, que podem ter um futuro diferente. Quero dar para eles aquilo que eu não tive.”
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*A identidade foi preservada por motivos de segurança
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