Saiu no site REVISTA CLÁUDIA:
Veja publicação original: Uma em cada 4 crianças vive com mãe vítima de violência doméstica
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Por Eugênio Goussinsky
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Caso do sequestro e morte de 4 irmãos em Orlando levanta a questão da violência contra crianças e mulheres no ambiente familiar
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O caso de Gary Lindsey, 35 anos, que manteve quatro crianças em cárcere privado, antes de matá-las e se suicidar, em Orlando, no início desta semana, leva a um questionamento em relação à segurança de crianças e mulheres no ambiente familiar. Em todo o mundo, uma em cada quatro crianças menores de 5 anos — 177 milhões — vive com uma mãe vítima de violência doméstica. Os números são do estudo “Um Rosto Familiar: A violência na vida de crianças e adolescentes”, da Unicef, publicado em 2017.
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Há fortes suspeitas de que Lindsey agredia a namorada, que, segundo a mídia local, seria mãe das quatro crianças, sendo as duas mais novas também filhas do agressor. A versão mais comentada sobre o sequestro seguido da morte das crianças é a de que ele entrou em estado de fúria após vê-la sair de casa para pedir ajuda depois de novamente ser agredida.
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Quadros de violência doméstica não necessariamente levam a tragédias do porte da ocorrida em Orlando, mas as situações são extremamente danosas.
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A pesquisa do Unicef revela ainda que 75% das crianças entre 2 e 4 anos do mundo — cerca de 300 milhões — sofrem agressão psicológica e/ou punição física tendo como autores os seus cuidadores.
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Alerta nos EUA
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A agressão doméstica nos EUA tem sido motivo de alerta para as autoridades. Segundo a pesquisa NISVS (Parceiros e Violência Sexual), divulgada pelo CDC (Centro de Controle de Doenças), em 2017, praticamente uma entre quatro mulheres adultas norte-americanas sofreu algum tipo de violência física grave causada por um parceiro íntimo (ser chutada, espancada, engasgada, queimada propositalmente, ameaçada por arma, etc).
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Os homens no país também são vítimas deste tipo de situação, mas em menor proporção: 14% deles relataram ter sofrido violência física grave.
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Em relação à violência sexual, 16% das mulheres e 7% dos homens sofreram violência por contato sexual (isso inclui estupro).
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Já quase a metade das mulheres — 47% do total — sofreram agressão psicológica, que ocorre em situações de humilhação, tentativa de controle do comportamento, etc. Neste item, que não aborda a violência física, os homens são vítimas na mesma proporção: 47% deles passaram por situações de agressão psicológica.
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No caso das mulheres multirraciais (pessoas que não são descendentes de uma única origem), o índice de violência aumenta: 57% delas foram vítimas de violência sexual, violência física ou perseguição por parceiro íntimo.
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E quando é incluída a orientação sexual no estudo, o número de vítimas é ainda maior: 61% das mulheres bissexuais, 37% dos homens bissexuais e 44% das mulheres homossexuais já sofreram agressões domésticas.
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