Saiu no site JN – PORTUGAL
Veja publicação original: Tudo igual, menos elas
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Há um novo paradigma na indústria do dinheiro. As mulheres estão a liderar os processos de inovação tecnológica e novos modelos de negócio. Isto vai mudar os bancos para sempre.
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Por José Manoel Diogo
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Em Amesterdão, na gala da EWPN, a organização que junta mulheres europeias especialistas em pagamentos eletrónicos, havia uma surpresa. Chris Skinner, o blogueiro mais famoso do universo da Banca, aceitava fazer, na hora da sobremesa, uma sessão livre, de perguntas e respostas. Pareceu-me impossível não aproveitar a ocasião e pus o braço no ar.
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Quando chegou a minha vez, fiz duas perguntas. Quando é que a próxima crise vai chegar? A bolha das Fintechs, é uma oportunidade para a regeneração da reputação dos bancos, ou uma ameaça à segurança?
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A resposta chegou sem sabor, “se tudo fosse normal, respeitando os 80 anos de intervalo entre tragédias financeiras globais, a próxima devia ser por volta de 2045, mas o problema é que ninguém sabe como vai ser o sistema bancário daqui a dois anos, quanto mais daqui a 25”.
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À espera de fazer manchete, logo me desiludi. O que que eu queria saber, ninguém sabia. No que aos homens diz respeito, continuava tudo igual. A única diferença é que no futuro, as mulheres, porque lideram a inovação, vão ter lugar certo nas administrações e isso é que poucos homens já entenderam. Valha-nos o Dr. Skinner.
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Podemos não saber as datas da próxima crise, mas uma coisa é certa, quando, uma indústria como a Banca entrega a inovação às mulheres há duas coisas que vão mudar para sempre. Primeiro: ela vai ser mais segura. Segundo. “Menino” não vai voltar a entrar.
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Com elas sentadas no cofre vai ser muito mais difícil os manos Lehman voltarem a aparecer por aqui.
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