Saiu no site CONJUR
O Tribunal Superior Eleitoral registrou, nesta quinta-feira (9/5), sua primeira sessão com duas mulheres negras na bancada de julgadores: Edilene Lobo e Vera Lúcia Santana Araújo — esta em sua primeira participação plenária.
Ambas são ministras substitutas na classe de juristas e integram o quórum graças às ausências justificadas dos titulares, ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares.
Além disso, o TSE teve nesta quinta uma bancada majoritariamente feminina, com quatro mulheres entre os sete membros: além das duas ministras já citadas, participam a vice-presidente, ministra Cármen Lúcia, e a ministra Isabel Gallotti.
A maioria femimina no quórum não é comum — segundo o ministro Alexandre de Moraes, ocorreu apenas outras três vezes, entre 2012 e 2013, quando a ministra Cármen Lúcia era presidente do TSE.
Representatividade
“É importante não só a participação igualitária da mulher na Justiça Eleitoral, mas também dos negros e negras. É um avanço na primeira instância, nos TREs e agora também no TSE, que sempre foi, dos tribunais superiores, o mais diversificado”, disse Alexandre de Moraes.
A ministra Cármen Lúcia agradeceu a oportunidade de voltar a contar com uma bancada majoritariamente feminina, algo que, na normalidade da vida, haveria de ser mais comum.
“Temos uma maioria população de mulheres e de negros, mas a representação nos espaços de poder é diminuta se for considerado esse dado, que revela uma estrutura de organização social e de poder que nos coloca em posição de desprestígio, desvalor e até de impossibilidade de igualdade entre homens e mulheres”, lamentou.
Por conta da sessão histórica, estiveram presentes deputados da bancada negra da Câmara dos Deputados: Antonio Brito (PSD-BA), Gisela Simona (União-MT), Damião Feliciano (União-PB), Jack Rocha (PT-ES), Dandara (PT-MG) e Benedita da Silva (PT-RJ).
Também esteve presente o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, que foi corregedor da Justiça Eleitoral.