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Tenente é presa após pedido do Exército a quem serve. Motivo: Amamentar um bebê

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Veja publicação original:  Tenente é presa após pedido do Exército a quem serve. Motivo: Amamentar um bebê

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Por Gabriela Glette

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Se existe um assunto que gera controvérsia e não deveria, é a amamentação. Pessoas que condenam mulheres que amamentam em público e exércitos prendendo funcionárias por querer amamentar o seu bebê. Sim, este é o mundo em que vivemos. O caso aconteceu em 2016 no Paraguai, onde a primeira-tenente Carmen Quinteros Giménez serve. Depois de terminada alicença maternidade de seis meses, ela pediu aos seus superiores que a excluíssem dos turnos de 24 horas seguidas a cada 3 dias, pelo menos enquanto estivesse amamentando. Não satisfeitos em dizer ‘não’, eles também a prenderam.

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Quando os comandantes e a Justiça Militar negaram o pedido da mãe, ela reivindicou seu direito, que resultou na criação de salas de amamentação nos quartéis. Porém, quase 3 anos depois, a Corte Suprema do Paraguai afirmou que ela deverá cumprir 45 dias de detenção por falta disciplinar e a pena poderá ser cumprida em casa. Na época, uma vara da infância lhe deu a razão e solicitou a seu comandante que lhe concedesse essa autorização, porém seu quartel a retirou de seu posto original e a enviou para uma unidade operacional, com permanências de até 32 horas no quartel.

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Em 2017 o caso tornou-se público, gerando mobilizações e indo ao Congresso. Sentindo-se ameaçados, seus superiores tentaram condená-la a dois anos de reclusão por calúnia. Segundo a promotora da Infância de Assunção, Monaliza Muñoz, que recebeu a denúncia de Quinteros, o caso não precisaria ter ido tão longe: “Os comandantes tinham competência para conceder essas permissões. Nenhum concordou. Mas a criança não deixa de ser criança porque sua mãe é militar”. Mais uma vez, uma mulher sendo condenada pelo simples fato de ser mãe!

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