Saiu na REVISTA CLAUDIA
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Promotora de justiça do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), em São Paulo, Gabriela Manssur, 44 anos, começou a trabalhar aos 16, em nome da independência e liberdade de escolher os caminhos que pretendia trilhar. A convicção de que a autonomia financeira é essencial para que a mulher tenha escolhas sempre esteve presente quando começou a atender casos de mulheres vítimas de violência doméstica. “O trabalho é um escudo de proteção. A conquista deste espaço faz com que a mulher se sinta importante e capaz de realizar algo”, defende.
Ela começou a colocar em prática a idéia, informalmente, em 2007: em Embu Guaçú, ela procurava aproximar as mulheres em situação de violência que atendia de empresas com as quais tinha contato. Desde agosto deste ano, uma iniciativa que reúne a prefeitura de São Paulo, o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a ONU Mulheres, entre outros parceiros, desenvolve essa idéia de forma institucional, com o Tem saída. O programa tem como objetivo inserir vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho. “A mulher chega à prefeitura pela rede de proteção, passa por treinamento e a encaminhamos para processos de seleção em empresas que são comprometidas com a causa”, descreve Aline Cardoso, 40 anos, Secretária Municipal de Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo.