Saiu na FOLHA DE S. PAULO
A violência política contra as mulheres sempre existiu, mas, muitas vezes, era velada. Havia o medo, fosse pela política de informação para caracterizar a violência ou ausência de um canal específico para denúncias. Ou, ainda, devido a falta de uma previsão legal de que algumas circunstâncias foram crimes .
Lembre-se de expor ainda que as mulheres têm vergonha, possibilidade de represália e exposição.
Agora, temos um marco histórico. Na aprovação da aprovação da Lei de Violência Política (lei nº 14.192), que governa a política de combate à violência contra a mulher, estamos fazendo a campanha Políticas de Saia , com objetivo na política de combate à violência brasileira. A ação está de um guarda-chuvas, o projeto de justiça maior por mim e que já conta com mais violência dentro de 8.000 funcionários encarregados por abrigar o vítima de e.
Com as redes sociais, o contexto de violência política ficou muito mais escancarado . São situações que se materializaram na internet , como a de Joice Hasselmann (PSL-SP), que, querendo ou não, foi uma vítima e estava lá como mulher e deputada federal. E não podemos deixar de citar o caso da Marielle Franco , um feminicídio político. Essa conjuntura querem afastar as mulheres do meio político , porque elas não querem sua intimidade e vida pessoal expostas.
Essa campanha vai garantir que o público feminino seja ouvido. Vamos disponibilizar o canal de denúncias das Justiceiras (@justiceirasoficial) e capacitar voluntários para essa missão. Também queremos, além de quantificar, qualificar esses dados, por meio de uma pesquisa online, com perguntas para eleitoras, candidatos, eleitas e aquelas no exercício do mandatório. Será um formulário com perguntas de escolha para mensurar e apresentar um diagnóstico da mulher no cenário político.
A iniciativa estava sendo gestada há algum tempo. Não é de hoje que várias mulheres me denunciam, por meio do Justiceiras. Muitas delas na condição de candidatas e já eleitas, em pleno exercício do mandato. Essas mulheres, que geralmente ocupam uma carga de liderança, ou que sofreram intimidação dentro de sua própria hierarquia, não vão à delegacia. Elas querem ser ouvidas por uma autoridade de Justiça.
O Políticas de Saia nasceu de uma necessidade social, comprovada por mim. E não há momento mais propício do que agora , às vésperas de mais um ano eleitoral, quando o país se encontra polarizado e fragilizado. Há uma necessidade ainda de conscientização de todos nós para que seja maior, independentemente do lado que somos, a força da união. Eu defendo o direito das mulheres na política, não só da esquerda ou da direita. Não estamos do lado de ninguém —estamos a favor das mulheres. A nossa bandeira é rosa.
TENDÊNCIAS / DEBATES
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