Saiu no site TN SUL
Praticamente metade da população feminina da região reconhece ter sido vítima da violência doméstica
De acordo com a primeira atualização do Mapa Nacional da Violência de Gênero, 34% das mulheres residentes no Sul do Brasil que já sofreram violência doméstica solicitaram medidas protetivas de urgência. O projeto é resultado de uma parceria entre o Senado Federal, através do Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV) e do DataSenado, o Instituto Avon e a Gênero e Número. Essa é a primeira vez, desde 2005, que a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher apresenta dados estaduais.
O índice é o maior do Brasil quando comparado às outras regiões, além de ser superior à média nacional: 27% das brasileiras vítimas de abusos e violações sofridas em razão do seu gênero já entraram com pedidos de medidas protetivas de urgência. O Rio Grande do Sul é o estado de maior destaque nesse aspecto, com 41% da população feminina local que sofreu violência tendo reivindicado seus direitos de proteção. Já no Paraná, esse número chega a 31%, enquanto em Santa Catarina o índice é de 29%.
A maioria das sulistas (64%), no entanto, afirmam conhecer pouco a Lei Maria da Penha. No recorte por estado, o Paraná possui o menor número de mulheres pouco familiarizadas com o tema, com 62%, enquanto Rio Grande do Sul (65%) e Santa Catarina (66%) estão um pouco acima da média da região. No índice nacional, 8 em cada 10 brasileiras reconhecem saber pouco ou nada sobre a lei.
“A análise de dados de violência de gênero por estado é fundamental para compreendermos, com maior profundidade, o real cenário de cada região do país. Com estes insumos, pretendemos contribuir com a gestão pública na criação e aperfeiçoamento de medidas, serviços e políticas públicas de conscientização, apoio e proteção de mulheres em situação de violência. Agora, o Mapa – uma ferramenta resultante da união entre os setores público e privado – irá facilitar o acesso a essas informações para qualquer pessoa ou instituição que deseja entender melhor a realidade da violência de gênero no Brasil”, explica Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
Metade das sulistas já vivenciaram alguma forma de violência doméstica
Cerca de 47% da população feminina do Sul declarou ter vivenciado abusos e violações em razão do seu gênero. O Rio Grande do Sul é onde está o menor índice da região, com 44%, enquanto Paraná e Santa Catarina estão empatados com 48%.
Além disso, 67% das sulistas afirmam ter alguma amiga, familiar ou conhecida que já sofreu violência doméstica e familiar. O Paraná é o estado com o maior índice do Sul, com 70%, enquanto Rio Grande do Sul (66%) e Santa Catarina (65%) vem na sequência.
“Do que uma mulher que sofre violência precisa? Acredito que a análise aprofundada da pesquisa traz muitas respostas. Dentre elas, uma chave para libertar essa mulher de relações abusivas é o maior acesso à escuta qualificada e ao apoio psicológico e assistencial na fase inicial da violência, que leve informação, segurança e caminhos para essa mulher”, diz Maria Teresa Prado, coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência do Senado Federal.
Mapa Nacional da Violência de Gênero
Lançado em novembro de 2023, o Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma interativa que reúne os principais dados nacionais públicos e indicadores de violência contra as mulheres do Brasil, incluindo a Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres – a mais longa série de estudos sobre o tema no país. Dos dias 21 de agosto a 25 de setembro de 2023, 21.787 mulheres de 16 anos ou mais foram entrevistadas por telefone, em amostra representativa da opinião da população feminina brasileira.
Desde seu lançamento, o Mapa teve duas atualizações (em fevereiro e junho de 2024), foi apresentado internacionalmente na 68ª Comission on the Status of Women (CSW) na Organização das Nações Unidas (ONU), e recebeu o prêmio na categoria Impacto Global pelo Qlik Transformation Awards, um dos maiores evento de arquitetura e visualização de dados do mundo.
“Sem dados não há políticas públicas eficazes e o papel do Mapa Nacional da Violência de Gênero é visibilizar e disponibilizar os dados de violência de gênero em todos os cantos do país. Em um país continental, o território pode trazer diferentes necessidades e perspectivas para as ações e políticas de combate à violência de gênero e os dados com um recorte local, como os disponíveis nessa nova atualização do Mapa, são fundamentais para isso”, diz Vitória Régia da Silva, Presidente e diretora de conteúdo da Gênero e Número.
O índice é o maior do Brasil quando comparado às outras regiões, além de ser superior à média nacional: 27% das brasileiras vítimas de abusos e violações sofridas em razão do seu gênero já entraram com pedidos de medidas protetivas de urgência. O Rio Grande do Sul é o estado de maior destaque nesse aspecto, com 41% da população feminina local que sofreu violência tendo reivindicado seus direitos de proteção. Já no Paraná, esse número chega a 31%, enquanto em Santa Catarina o índice é de 29%.
A maioria das sulistas (64%), no entanto, afirmam conhecer pouco a Lei Maria da Penha. No recorte por estado, o Paraná possui o menor número de mulheres pouco familiarizadas com o tema, com 62%, enquanto Rio Grande do Sul (65%) e Santa Catarina (66%) estão um pouco acima da média da região. No índice nacional, 8 em cada 10 brasileiras reconhecem saber pouco ou nada sobre a lei.
“A análise de dados de violência de gênero por estado é fundamental para compreendermos, com maior profundidade, o real cenário de cada região do país. Com estes insumos, pretendemos contribuir com a gestão pública na criação e aperfeiçoamento de medidas, serviços e políticas públicas de conscientização, apoio e proteção de mulheres em situação de violência. Agora, o Mapa – uma ferramenta resultante da união entre os setores público e privado – irá facilitar o acesso a essas informações para qualquer pessoa ou instituição que deseja entender melhor a realidade da violência de gênero no Brasil”, explica Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
Metade das sulistas já vivenciaram alguma forma de violência doméstica
Cerca de 47% da população feminina do Sul declarou ter vivenciado abusos e violações em razão do seu gênero. O Rio Grande do Sul é onde está o menor índice da região, com 44%, enquanto Paraná e Santa Catarina estão empatados com 48%.
Além disso, 67% das sulistas afirmam ter alguma amiga, familiar ou conhecida que já sofreu violência doméstica e familiar. O Paraná é o estado com o maior índice do Sul, com 70%, enquanto Rio Grande do Sul (66%) e Santa Catarina (65%) vem na sequência.
“Do que uma mulher que sofre violência precisa? Acredito que a análise aprofundada da pesquisa traz muitas respostas. Dentre elas, uma chave para libertar essa mulher de relações abusivas é o maior acesso à escuta qualificada e ao apoio psicológico e assistencial na fase inicial da violência, que leve informação, segurança e caminhos para essa mulher”, diz Maria Teresa Prado, coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência do Senado Federal.
Mapa Nacional da Violência de Gênero
Lançado em novembro de 2023, o Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma interativa que reúne os principais dados nacionais públicos e indicadores de violência contra as mulheres do Brasil, incluindo a Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres – a mais longa série de estudos sobre o tema no país. Dos dias 21 de agosto a 25 de setembro de 2023, 21.787 mulheres de 16 anos ou mais foram entrevistadas por telefone, em amostra representativa da opinião da população feminina brasileira.
Desde seu lançamento, o Mapa teve duas atualizações (em fevereiro e junho de 2024), foi apresentado internacionalmente na 68ª Comission on the Status of Women (CSW) na Organização das Nações Unidas (ONU), e recebeu o prêmio na categoria Impacto Global pelo Qlik Transformation Awards, um dos maiores evento de arquitetura e visualização de dados do mundo.
“Sem dados não há políticas públicas eficazes e o papel do Mapa Nacional da Violência de Gênero é visibilizar e disponibilizar os dados de violência de gênero em todos os cantos do país. Em um país continental, o território pode trazer diferentes necessidades e perspectivas para as ações e políticas de combate à violência de gênero e os dados com um recorte local, como os disponíveis nessa nova atualização do Mapa, são fundamentais para isso”, diz Vitória Régia da Silva, Presidente e diretora de conteúdo da Gênero e Número.