Movimento pela Mulher: corrida reuniu 2 mil pessoas em São Paulo
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Acordar cedinho para treinar é parte da rotina de muita gente que corre e admirada por quem não consegue levantar da cama para isso, ainda mais em um domingo. Mas no último domingo (20), 2 mil pessoas de todas as idades, entre atletas amadores, de elite e até quem não faz nenhuma atividade, caíram da cama por uma causa importante: a de trazer à tona o debate e a reflexão contra a violência à mulher na 2ª Corrida Movimento Pela Mulher.
A surpresa começou nos kits: todo mundo que participou recebeu, além da camiseta e do número de peito, canelitos de compressão pink para usar no dia da prova, gloss labial, materiais informativossobre a violência feminina e obstétrica, entre outros brindes.
As atletas e idealizadoras do evento Paula Narvaez, Gabi Manssur e Debs Aquino: elas acreditam que o esporte é uma ferramenta poderosa para o engajamento de uma causa desse porte/Foto: Divulgação
O evento reuniu homens, mulheres e crianças, inclusive apoiadores do feminismo, como Marineide Santos, conhecida como Neide, fundadora do Projeto Vida Corrida e as idealizadoras da prova Paula Narvaez, Gabriela Manssur e Debs Aquino. Todas são corredoras com histórias de vida diferentes, que viram no esporte uma oportunidade de conscientizar e empoderar as pessoas, principalmente as mulheres.”A ideia de criar o Movimento pela Mulher surgiu para dar visibilidade à violência contra a mulher, de chamar a atenção das autoridades para este grave problema, pois o assunto ainda não é prioridade nesse meio”, explica Gabi Manssur, promotora de justiça e uma das criadoras do Movimento pela Mulher.
Para Gabi, a corrida funciona como uma válvula de escape e ajuda a equilibrar a mente. “Como promotora de justiça, me deparo com muitos casos de violência envolvendo mulheres. A corrida alivia essa angústia e me ajuda a raciocinar diferente, em busca de soluções para estes casos. Ao correr, me associei a pessoas que encontram no esporte forças necessárias para enfrentar os obstáculos da vida. A Paula e a Debs são duas dessas pessoas a quem me juntei e formamos o movimento”, relata.”Assim, com essa iniciativa e por saber que a corrida funcionou conosco, conseguimos mostrar que a atividade traz autoestima, confiança, amizade e, acima de tudo, saúde”, completa Gabi.
Às 7h da manhã, lá estavam todos na largada para caminhar 5 km, ou correr essa mesma distância ou 10 km. Antes e depois da prova, o clima de festa foi embalado por samba dedicado às mulheres pelo Movimento Sociocultural Amigas do Samba; depois da prova, também teve aulão de yoga oferecido pelo time do Mahamudra Brasil. “Eu nunca tinha feito uma prova assim, foi muito emocionante ter participado, mesmo que caminhando. Essa experiência me animou a treinar e pegar firme!”, relata a bancária Carla Meandro.
O percurso, tanto o dos 5 km quanto o dos 10 km, foi bem sinalizado e não faltaram pontos de hidratação. Não havia subidas muito íngremes, com predominância de asfalto plano na maioria de ambos os trajetos, que pegou boa parte da avenida 23 de maio e cercanias do Ibirapuera.
Confira quem ganhou as primeiras posições em ambas as distâncias:
Categoria 5 km feminino
1 – Vivian Oliveira 20’40”
2 – Fernanda Garbim Oliveira 21’34”
3 – Edneia Gomes Costa 21’38”
4 – Paloma Oliveira 22’28”
5 – Josilene Domingos 22’48”
5 km masculino
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1 – Marcelo Marques 16’43”
2 – Eliel Silva 17’07”
3 – Adriano Bastos 17’13”
4 – Flávio Barbosa 17’13”
Categoria 10 km masculino
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1– Adeilson Neres da Silva 33’39”
2 – Vanderson Fonseca 36’52”
3 – Aurelinalvo dos Santos 38’28”
4 – Vanderlei Alves Pereira 40”45”
5 – Fabiano Pinheiro 41’19”
10 km feminino
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1 – Cristiane Batista de Souza 41’18”
2 – Jéssica Messias Levadinha 42’16”
3 – Joseane da Silva 43’40”
4 – Salileia Maria da Silva 45’34”
5 – Fernanda Gimenes 46’49”