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SOFRER UM ASSÉDIO SEXUAL PODE AFETAR AS MULHERES POR DÉCADAS, DIZ ESTUDO

Saiu no site AGÊNCIA PATRÍCIA GALVÃO: 

 

Veja publicação original: SOFRER UM ASSÉDIO SEXUAL PODE AFETAR AS MULHERES POR DÉCADAS, DIZ ESTUDO

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Situação acontece mesmo com as sobreviventes que não são oficialmente diagnosticadas com Transtorno de Estresse Pós-Traumático

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Uma pesquisa da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, demonstrou que as mulheres que sofreram violência sexual relembram do caso com frequência, tendo memórias vívidas e intensas por anos.

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Publicado na revista Frontiers in Neuroscience, o estudo descobriu que isso acontece  mesmo com as mulheres que não são oficialmente diagnosticadas com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TSPT).

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“As lembranças se relacionam com sentimentos de depressão e ansiedade, pois as mulheres lembram do que aconteceu e pensam muito sobre isso”, disse Tracey Shors, professora de psicologia da Rutgers. “Mas os sentimentos e pensamentos geralmente estão associados ao TSPT, e a maioria das mulheres desta análise não sofriam de TSPT.”

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A pesquisa avaliou 183 mulheres de 18 a 39 anos. Delas, 64 relataram que foram vítimas de violência sexual, enquanto 119 não tinham passado por agressões. Menos de 10% usavam alguma medicação para combater a ansiedade ou a depressão.

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As mulheres que sofreram violência sexual (física ou mental) relataram memórias fortes e com detalhes específicos, que incluíam visões claras do evento. Elas ainda disseram ter dificuldade em esquecer o incidente, o qual havia se tornado parte significativa de suas vidas.

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“Cada vez que você reflete sobre uma memória, você cria uma nova no cérebro porque a lembrança é recuperada no espaço e no tempo atuais”, falou Shors. “O que este estudo mostra é que o processo pode tornar mais difícil esquecer o que aconteceu.”

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Outras pesquisas já demonstraram que a agressão e a violência sexual são as causas mais prováveis ​​de TSPT em mulheres. A condição está associada à diminuição das funções cerebrais relacionadas ao aprendizado e à memória, e pode ser física e mentalmente difícil de ser superada.

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“As mulheres neste estudo que lembravam com mais frequência o evento também vivenciaram mais sintomas relacionados ao caso. Iso pode exacerbar o trauma e dificultar a recuperação”, afirmou Emma Millon, aluna de pós-graduação da Rutgers.

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Para diminuir as lembranças ruins, a professora Shors desenvolveu a técnica Treinamento Mental e Físico, que combina 30 minutos de treinamento mental com meditação silenciosa, seguidos de 30 minutos de exercícios aeróbicos, duas vezes por semana, durante seis semanas.

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Em algumas análises, este método diminuiu os sintomas do trauma, com as mulheres afirmando que passaram a lembrar menos do caso de violência.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% das mulheres do mundo já sofreram algum tipo de agressão física ou sexual. As meninas adolescentes estão mais propensas a serem vítimas de tentativa de estupro, estupro ou agressão. Além disso, pesquisas recentes indicam que 1 em cada 5 universitárias sofre violência sexual durante a faculdade. “Esse problema não desaparecerá em breve e devemos manter nossa atenção focada na prevenção e na justiça para as sobreviventes, além da recuperação”, comentou Shors.

 

 

 

 

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