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Sheryl Sandberg diz que temos um problema porque ‘dizemos às garotinhas que não devem ser líderes’

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Veja publicação original: Sheryl Sandberg diz que temos um problema porque ‘dizemos às garotinhas que não devem ser líderes’

 

Lydia O’Connor

 

Sim, isso se torna algo sério na hora de combater a diferença de salários entre homens e mulheres.

 

A executiva-chefe operacional do Facebook, Sheryl Sandberg.

Não é de hoje que Sheryl Sandberg exorta as grandes empresas a acabar com a disparidade salarial entre homens e mulheres a promover mais mulheres para cargos seniores. Mas no domingo a COO do Facebook disse que as mulheres começam a ser desencorajadas a buscar papéis de liderança muito mais cedo na vida.

Em entrevista ao “Desert Island Discs”, da BBC Rádio 4 – um programa em que o convidado escolhe a música que levaria para uma ilha deserta –, Sandberg homenageou sua mãe e avó, dizendo que foram exemplos fortes para ela em sua infância.

Disse que o incentivo que recebeu das duas foi fundamental para seu sucesso, mas que não é esse o exemplo que todas as meninas recebem.

“Acho que começamos a dizer às menininhas, desde uma idade muito precoce, que elas não devem liderar, enquanto na mesma idade começamos a dizer aos garotinhos que eles precisam liderar. É um erro”, ela disse. “Acho que todo o mundo possui dentro de si a capacidade de ser líder. Devemos deixar as pessoas escolher isso, não com base em seu gênero, mas com base em quem elas são e o que querem ser.”

Sandberg escolheu “Run The World (Girls)”, de Beyoncé, como a primeira canção que ela levaria para uma ilha deserta.

“A mensagem de Beyoncé de que as mulheres podem comandar o mundo, que elas devem comandar o mundo, sua mensagem de que a chefe é ela – acho isso superimportante para ser ouvido não apenas pelas mulheres, mas por meninas emeninos pequenos.”

Ainda segundo Sandberg, precisamos começar a dar apoio às mulheres desde muito jovens, e, ao mesmo tempo, exigir que não haja discriminação de gênero nos locais de trabalho.

“Precisamos começar a pagar bem às mulheres. Precisamos que a política pública e das empresas avance nesse sentido. Com certeza, parte da resposta precisa ser que as mulheres se candidatem a empregos tanto quanto os homens e que as mulheres se candidatem a cargos públicos tanto quanto os homens.”

As mulheres americanas ganham menos que os homens em todos os Estados do país, sofrendo um prejuízo total de mais de US$840 bilhões por ano, em média, segundo a ONG National Partnership for Women and Families (Parceria Nacional para Mulheres e Famílias). Ao todo, as mulheres que trabalham em período integral, o ano todo nos Estados Unidos recebem 80 cents por cada dólar ganho pelos homens. E a situação é ainda pior para as mulheres negras.

O problema não se limita aos Estados Unidos. Ironicamente, a BBC, o canal que transmitiu a entrevista de Sheryl Sandberg, revelou recentemente uma disparidade enorme de gênero em termos do pagamento de seus apresentadores principais. Segundo dados que a emissora divulgou este mês, apenas um terço dos nomes principais da emissora, que ganham mais de £150 mil (US$197 mil) por ano, são mulheres. E, enquanto o maior salário pago a um dos maiores astros homens da BBC fica entre £2,2 milhões e £2,5 milhões por ano, a mulher que recebe mais da emissora ganha apenas entre £450 mil e £500 mil ao ano.

*Este texto foi originalmente publicado no HuffPost US e traduzido do inglês.

 

 

 

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