Saiu no site THINK OLGA:
Veja publicação original: SÉRIE OLGA EXPLICA: EPISÓDIO 2 – MULHERES NA POLÍTICA
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Você sabia que o Senado Federal foi aberto em 1826, mas o primeiro banheiro feminino perto do plenário foi inaugurado quase 200 anos depois, apenas em 2016?
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Ou que na primeira eleição em que as mulheres votaram no Brasil, em 1928, seus votos foram anulados por decisão da Comissão de Poderes do Senado Federal?
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E ainda que o Brasil foi um dos últimos países a liberar o voto para todas as mulheres?
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Não é à toa que uma das grandes batalhas do feminismo hoje é pelo aumento da representatividade política. Mais de 80 anos depois da conquista do voto feminino, ainda somos minoria nos espaços de poder e impera o pensamento de que mulheres não pertencem a este campo. Somos minorias em todas as instâncias políticas. 13% dos eleitos em 2016 foram mulheres, mesmo com 51% da população feminina, segundo dados da ONU, Banco Mundial e Tribunal Superior Eleitoral. Apenas 1 a cada 10 cidades elegeu uma prefeita no mesmo ano.
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E as mulheres que fazem questão de pertencer à política enfrentam preconceito, assédio, exclusão dos grupos de decisão e do financiamento de suas campanhas, além de uma inclusão de fachada movida por oportunismo. Dificuldades que se mostram ainda maiores para mulheres negras.
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E há uma série de fatores para uma participação feminina tão limitada, que vão desde o conceito de que a responsabilidade do lar e dos filhos é da mulher até a falta de investimento financeiro. A Lei das Eleições, por exemplo, determina que o partido tenha, no mínimo, 30% de candidatas, mesmo assim o resultado não aparece nas urnas. Há a resistência dentro dos partidos políticos – absolutamente todos eles – que priorizam as verbas para candidatos homens. Comportamento que, felizmente, não reflete a opinião pública: uma pesquisa da ONU mostra que 75% dos brasileiros acham importante a participação das mulheres nos partidos e governos.
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Saiba mais assistindo ao novo episódio da série Olga Explica sobre mulheres na política:
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