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Veja publicação original: “Se ninguém fala, não existe justiça”, diz Angelina Jolie sobre violência sexual
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Atriz lançou em 2012 a “Preventing Sexual Violence in Conflict” em parceria com o governo britânico
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Engajada com a causa da violência sexual, a atriz Angelina Jolie comentou o estigma enfrentado por pessoas que sobreviveram aos assédios. “Violência sexual ainda é um assunto tabu. Mulheres e homens sobreviventes, e crianças que nasceram de estupro, são geralmente tratadas como se fossem eles que fizeram algo errado. Eles são rejeitados e estigmatizados, enquanto os culpados não são punidos. Isso é o que precisa mudar e quebrar o tabu é parte disso”, disse em entrevista à Marie Claire.
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Em 2012, Angelina lançou uma iniciativa em parceria com o governo britânico, batizada de “Preventing Sexual Violence in Conflict” (em português, “prevenindo violência sexual em conflito”). Além de ajudar a cessar os casos de assédio, o projeto busca minar o estigma social enfrentado pelas vítimas. Desde seu lançamento, o Reino Unido já ajudou milhares de sobreviventes fornecendo suporte médico, social e legal.
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Em novembro, um festival realizado em Londres reuniu uma série de filmes abordando a questão social do assédio, especificamente a discriminação enfrentada pelas vítimas. “Eu acho que filmes têm o poder de nos fazer viver dentro da experiência de outra pessoa de um jeito único e diferente. Mas também é uma maneira muito importante de iniciar uma conversa, dizendo que sim, essas coisas acontecem e aconteceram no nosso país e precisamos abordá-las. Depois de guerra, violência sexual é o assunto que ninguém quer falar a respeito, que é varrido para debaixo do tapete. E se ninguém fala sobre isso, não existe justiça, cura ou encerramento”, enfatizou Angelina.
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A atriz também reforçou a importância de se debater o assunto entre homens e mulheres. “Eu não falo apenas com minhas filhas. Falo com elas junto aos seus irmãos. Talvez essa seja a distinção mais importante. Não é um problema apenas de mulheres, e a solução é trabalhar com homens e mulheres. E meninas e meninos. Homens e meninos também são vítimas desses crimes e todas as sociedades precisam ter bem claro que não se pode tolerar esse comportamento”, completou.
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