Saiu no ONRUN
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A participação da mulher no esporte é algo muito recente, se comparado com a dos homens e, durante muito tempo, a mulher foi proibida de correr longas distâncias e de realizar outras provas do atletismo, como o salto com vara, por exemplo. Algumas justificativas são reforçadas pelo machismo, muito comum na época e cada vez menos nos dias de hoje, mas também pelos possíveis efeitos negativos que poderiam causar ao corpo da mulher, situação que hoje com o avanço da ciência estão sendo evidenciados.
No início, as mulheres participavam da prova junto com os homens, recebiam premiações menores e uma das justificativas que muitos organizadores davam na década de 90 era que tinham poucas mulheres participando, por isso os homens recebiam premiações maiores. Se mantivessem esse discurso, em breve as mulheres deverão receber mais que os homens, em alguns eventos são maioria e já tem eventos exclusivo só para mulheres.
Na prova mais tradicional da América Latina e uma das pioneiras, a São Silvestre teve a estreia das mulheres junto com os homens, mas com premiação em separado, em 1975, por ocasião da ONU instituir o Ano Internacional da Mulher.
Esse cenário começou a mudar em 1976, quando Eleonora Mendonça, a primeira mulher brasileira a correr uma maratona olímpica, nos Jogos de Los Angeles (1984), a pioneira que começou a correr e incentivar as mulheres a participarem de corridas no Brasil, participando de corridas no Brasil e no exterior; Carmen de Oliveira, a brasiliense foi a primeira brasileira a vencer a São Silvestre; Roseli Machado, foi a segunda a vencer a São Silvestre; Marcia Narcloch, medalhista de ouro nos Jogos Pan Americanos e campeã de várias maratonas no Brasil; Maria Zeferina e Lucélia Peres, campeãs da São Silvestre, Adriana Aparecida, dois ouros em Jogos Pan Americanos e atual recordista brasileira da maratona, entre outras grandes atletas com feitos importantíssimos para o atletismo brasileiro.