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Abril deste ano cravou uma meta almejada há décadas. O número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores chegou, pela primeira vez, à marca de 1 milhão. No quarto mês do ano existiam 1.007.982 contas femininas na B3, um aumento de 611% em pouco mais de três anos, entre dezembro de 2017 e abril de 2021.
Apesar de ainda representar a minoria (27,34%) em relação ao total de pessoas físicas que investem, é um evento a ser comemorado. Há pouco tempo, todo esse público de investidoras era apenas um sonho distante na cabeça de algumas visionárias e visionários.
Magliano Filho, ex-presidente da Bolsa de Valores, morto em janeiro deste ano, chegou a fazer um projeto ‘Mulheres em Ação’ ainda nos anos 2000 para levar educação financeira e ampliar a participação feminina na então Bovespa. Naquela época eram cerca de 15 mil mulheres na Bolsa (17,63%) e 70 mil homens (82,37%).
“As mulheres são muito eficientes, têm a racionalidade e o sentido profundo das coisas. Contratamos duas senhoras e elas começaram a divulgar a Bolsa de valores e foram para o Brasil inteirinho e até para o exterior”, disse o ex-presidente, em entrevista dada ao E-Investidor. “Foram excepcionais, devemos a ampliação do acesso do público feminino, e do público em geral, a elas.”
É de projeto em projeto que o acesso à Bolsa começa a se tornar mais igualitário. Ter conhecimento financeiro e fazer investimentos contribui para melhorar o bem-estar das mulheres de uma forma geral em todas as fases da vida. Pensando nisso, reunimos iniciativas recentes de corretoras, pensadas para impulsionar mais investidoras para a B3 e acelerar à marca de 2 milhões.
Clear Corretora
Em março deste ano, a Clear lançou o movimento ‘Rumo ao Milhão’. Como a marca foi rapidamente batida, a intenção agora é literalmente dobrar a meta. A corretora está lançando um novo desafio chamado “Rumo aos Dois Milhões”, que na prática visa chegar aos 2 milhões de investidoras até o próximo Dia Internacional da Mulher, em março de 2022.