Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE:
Veja publicação original: Revista Time elege criadoras do #metoo como “Person of the Year”
As “Silence Breakers” derrotaram Trump e e Xi Jinping, presidente chinês
Para o título de “pessoa do ano” em 2017, a revista Timeelegeu não uma, mas várias mulheres. Conhecidas como “Silence Breakers” (as “quebradoras” de silêncio, em português), as mulheres que iniciaram o movimento #MeToo na internet levaram a honra. O anúncio foi feito na última quarta-feira (7/12) pelo diretor de redação da revista americana, Edward Fesenthal.
“Esta é a mudança social mais rápida que vimos em décadas e começou com atos de coragem individuais por centenas de mulheres – e alguns homens também – que se apresentaram para contar suas histórias de assédio e abuso sexual”, disse Felsenthal.
O presidente Trump, que ele próprio foi acusado de agressão sexual, e o presidente da China, Xi Jinping, pegaram o segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Na sequência das revelações de assédio sexual envolvendo Harvey Weinstein, Kevin Spacey e dezenas de outros homens, milhões em todo o mundo compartilharam suas histórias sobre violência sexual. O movimento começou espontaneamente em outubro, depois que a atriz e ativista Alyssa Milano seguiu uma sugestão de um amigo de um amigo no Facebook e twittou: “Se você foi assediado ou violentado sexualmente, escreva: “me too” como uma resposta a esse tweet.
A hashtag foi compartilhada quase um milhão de vezes em 48 horas. No entanto, movimento é mais antigo. A #MeToo foi fundada pela ativista Tarana Burke no Twitter há uma década para aumentar a conscientização sobre violência sexual.
A capa da Time comemorando o “Person of The Year”, ainda incluiu Taylor Swift, que processou um DJ que apalpou seu traseiro em uma sessão de fotos. Ela disse à revista: “Eu acho que esse momento é importante para a consciência, como os pais estão falando com seus filhos e como as vítimas estão lidando com seu trauma, seja ele novo ou antigo. As valentes mulheres e homens que se apresentaram este ano mudaram a norma, deixando as pessoas saberem que esse abuso de poder não deve ser tolerado”.
A atriz Ashley Judd também apareceu capa como uma das primeiras do showbusiness a falar contra Weinstein. Outras mulheres na capa eram menos conhecidas, mas não menos essenciais para o movimento. Susan Fowler é uma ex-funcionária da Uber que falou sobre o ambiente de trabalho tóxico na empresa, o que acabou levando o CEO Travis Kalanick a perder seu emprego. Já Adama Iwu é uma lobista que lançou a campanha “We Said Enough” em outubro para aumentar a conscientização sobre o assédio sexual.
Outra mulher da capa é Isabel Pascual, uma imigrante mexicana que também foi vítima de assédio sexual. É possível ver também rosto de uma mulher, parcialmente escurecido, uma forma de simbolizar as mulheres que escolheram permanecer anônimas. Felsenthal disse que a mulher que está escondida é uma operária de hospital que falou com a revista mas que não se sentiu segurar em se expor sem que isso afetasse sua vida.
Além de Trump de Jinping, o movimento #MeToo também competiu com Colin Kaepernick, Robert Mueller, Jeff Bezos, The Dreamers , o Príncipe Herdeiro Mohammad bin Salman da Arábia Saudita, a diretora de Wonder Woman Patty Jenkins e Kim Jong Un da Coréia do Norte para a capa de 2017.
A revista abre o título para votação para os leitores e revelou os resultados da pesquisa na segunda-feira. A disputa foi conquistada pelo príncipe herdeiro bin Salman, com 24 por cento dos votos contra os seis por que o #MeToo recebeu.