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#RespeitaAsMinas Busque ajuda: casos de violência doméstica crescem durante o confinamento

Saiu no site Corinthians.

Veja a publicação original: #RespeitaAsMinas Busque ajuda: casos de violência doméstica crescem durante o confinamento

 

Uma das situações que a pandemia do novo Coronavírus/Covid-19 impactou desde o início da quarentena, em meados do mês de março, foi o número de casos de violência doméstica contra a mulher. Os números divulgados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) mostraram que, no mês passado, a quantidade de casos de agressão à mulher subiram 30% desde que o estado adotou as medidas para conter a propagação do vírus.

Consciente de seu papel como catalisador de transformações sociais, o Corinthians se une a esse grito por justiça e levanta novamente a bandeira da proteção à mulher ao lado do projeto ‘Justiceiras’, idealizado pela promotora Gabriela Manssur, que desde 24 de março já atendeu 150 vítimas de violência doméstica em todo o País. A ideia do projeto é eliminar a dificuldade no deslocamento para buscar ajuda e contribuir com as informações necessárias para que a mulher possa denunciar o agressor.

“É um trabalho para informá-las e orientá-las. Afinal, as vítimas de violência estão em quarentena, dentro de casa, vigiadas pelo agressor e precisam de respostas para as perguntas mais básicas: ‘O que fazer?’, ‘Quem devo procurar?’, ‘A quais locais devo me dirigir?’, ‘Consigo resolver tudo sem sair de casa?’”, afirma a procuradora.

Segundo Gabriela, o isolamento social, a presença das famílias dentro de casa e as dificuldades financeiras são fatores que favorecem o aumento dos casos. O MPSP relatou que apenas entre os dias 17 e 25 de março foram 985 denúncias feitas, contra 829 ocorridas nas duas primeiras semanas do mesmo mês.

Segundo o MP, no primeiro mês de confinamento foram decretadas 2.500 medidas protetivas com caráter de urgência, contra 1.934 em fevereiro. Também subiu o número de prisões em flagrante por violência doméstica, de 268 contra 177 no mês anterior, segundo dados do portal G1.

“Nós já temos em várias cidades boletim de ocorrência online, e eu já fiz um fluxograma de orientação para as voluntárias de como abri-lo, em caso de necessidade. Para solicitar ajuda, a vítima entrará em contato pelo WhatsApp e preencherá um formulário com suas necessidade e o apoio que procura. Em seguida, ela será encaminhada para uma voluntária especializada”, explica.

Segundo Gabriela, a crise do coronavírus não afetou as medidas protetivas de urgência, que podem ser solicitadas pela vítima à delegacia de polícia ou por meio do Ministério Público. Por lei, um juiz deve analisar o pedido em até 48h.

“Sabemos que aquela pessoa que já sofre algum tipo de ameaça se torna ainda mais vulnerável durante este período, pois precisa ficar em casa. Quem está sofrendo precisa denunciar. É importante vermos também a possibilidade que esse cenário pode proporcionar, para algumas mulheres, um marco para a mudança e para a tomada de novas resoluções. Isso é possível desde que essas mulheres consigam dominar a situação atual. Mesmo com as limitações da quarentena, é importante que essa mulher busque ajuda. Esse pode ser um momento de se superar essa crise para não se desencadear um sofrimento ainda maior”, salienta.

*Como pedir ajuda*

• Acionar pelo WhatsApp o Projeto Justiceiras (11) 99639-1212

• Boletim de ocorrência online

• A Defensoria Pública de São Paulo mantém atendimento à distância em casos de violência doméstica pelos números: (11) 94220-9995 e 0800-7734340

• Também é possível entrar em contato com o Ministério Público de São Paulo pelo número: (11) 3119-9000
• É possível ser atendida pessoalmente em Delegacias de Polícia e Delegacias de Defesa da Mulher

• A Casa da Mulher Brasileira oferece atendimentos presenciais e funciona 24 horas por dia. R. Viêira Ravasco, 26, Cambuci, São Paulo. Telefone: (11) 3275-8000

• Existe também o serviço Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher. Este é um serviço do governo federal que auxilia e orienta mulheres vítimas de violência. As ligações podem ser feitas gratuitamente

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