Saiu no GELEDÉS.
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O “Dia Nacional da Consciência Negra” 20 de novembro, foi instituído em homenagem a Zumbi dos Palmares, preto escravizado, que liderou a resistência no Quilombo dos Palmares na Serra da Barriga-AL, assassinado 1695. Lutou até a morte contra a opressão dos escravocratas e as mãos sujas de sangue de carne preta em nome do poderio econômico, da soberba e do racismo estrutural! A Serra da Barriga, hoje, Parque Memorial Quilombo dos Palmares, espaço de memória coletiva, dolorosas e sensíveis.
O Dia, infelizmente, ainda não é festivo, não há muito o que comemorar, os confetes e aplausos para as migalhas gotejadas em nome da igualdade, no país da necropolítica e do mito da democracia racial. Não será mais um “feriado” paradoxal, para celebrações e cortejar autoridades religiosas ou bajular figurões políticos caricatos com status de estadistas, não passando de figuras patéticas, negacionistas e racistas.
A histórica e árdua trajetória de um povo desterrado, no processo diaspórico africano, sob a égide supremacista branca e cristã. Verteu o sangue de indígenas, africanos e afro-americanos escravizados, para irrigar canaviais, cafezais e dar brilho aos metais preciosos de seus infames senhores. Uma luta homérica defendida por grandes vultos como o “poeta dos escravos” Castro Alves, os abolicionistas Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e tantos outros que contribuíram nessa caminhada de resistência.