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Redes de mulheres empreendedoras trocam informações e fazem parcerias de negócios

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Em troca de divulgação da sua doceria Tutto Dolce, Bianca Fury, de 40 anos, fez suspiros para o evento de lançamento da loja de uma franqueada da Ri Happy. As duas são parte do Somos Empreendedoras, grupo com mais de 150 mulheres donas de negócios em Niterói, através do qual trocam experiências e fecham acordos.

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— Valeu muito a pena para mim. Já tive cliente que nos conheceu no evento e ligou para fazer encomenda — conta a doceira Bianca.

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Com três anos de funcionamento, o grupo tem propósitos muito objetivos, de acordo com uma das quatro responsáveis pela gestão do grupo atualmente, Taiana Jung, da Logos Consultoria:

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— A gente trabalha o empoderamento feminino e fortalece essa relação de mulheres empreendedoras, abrindo a possibilidade de conversar sobre dores, experiências e soluções — afirma Taiana, dando detalhes do funcionamento: — Existe um grupo virtual. Mas fazemos também três encontros presenciais abertos a qualquer mulher por ano, encontros mensais das integrantes para papos e ideias. E em outubro vamos fazer o primeiro programa de mentoria.

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Segundo Juliana Oliveira, analista do Sebrae Rio, como o Somos Empreendedoras, há mais coletivos. A entidade está fazendo um esforço para mapeá-los e fomentar a criação de outros — o Sebrae já tem mais de 200 mulheres espalhadas por todo o estado, em nove grupos que trocam experiências.

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— A rede de apoio no empreendedorismo é muito limitada para mulheres. Os homens têm essa cultura muito mais desenvolvida, saem do expediente e vão beber com outros homens. As mulheres, por conta das suas jornadas triplas, acabam não tendo tanta flexibilidade. Apesar de todas as barreiras, as mulheres têm um potencial muito grande de mercado quando empreendem. Justamente por estarem treinadas a darem conta de tudo — diz Juliana.

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A regra é colaborar em vez de competir

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Cinthia Ravizzini, dona da marca de congelados Ravizzini, de 53 anos, se sente menos solitária desde que entrou no grupo, há menos de um ano.

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— Eu vendo na minha loja, há cinco anos em Niterói, congelados: massas, salgadinhos, molhos, sopas e outros produtos. Já frequentava as reuniões públicas do grupo antes de entrar. Fui fazendo relacionamento assim e uma pessoa me indicou. Antes dele, me sentia meio solitária. A gente sente muita insegurança e ter esse ambiente só de mulheres para trocar faz muita diferença. É um lugar no qual me entendem e não sinto preconceito — conta ela, que também já fez parcerias: — Com lojas de sapatos, roupas íntimas, centros de beleza. O formato de cada acordo depende dos interessados dois lados. Às vezes é permuta, troca de produtos. Às vezes só dou descontos na compra. Mas meu objetivo principal com isso é ter visibilidade. Quando as empreendedoras marcam o meu negócio nas redes sociais delas, traz retorno.

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Preencher um universo de competição com ambientes de colaboração tem benefícios e desafios, diz Juliana.

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— O primeiro desafio é cultural. Nós, mulheres, somos incentivadas a competir entre nós em todos os ambientes. Mas podemos caminhar juntas. E, com isso, fazer compras mais baratas, atingir mais pessoas, ganhar escala nos negócios. As parcerias são um caminho natural para o mundo e não só na questão dos negócios, pois permitem diminuir custos, ser mais sustentável, gerar mais visibilidade.

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Segundo Taiana Jung, no Somos Empreendedoras, para fomentar as parcerias, elas buscam manter o equilíbrio na equação de participantes.

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— A participação no grupo é gratuita, mas a entrada é condicionada à indicação de alguém que já está dentro. Assim, a gente assegura a confiança, que é importante. São permitidas empreendedoras de quaisquer segmentos, com negócios de quaisquer portes. Só bloqueamos temporariamente a entrada de algum perfil quando ele está saturado. Por exemplo, se tem muito microempreendedor oferecendo serviços e a gente está sentindo falta de perfis para contratá-los.

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O grupo também vem incentivando a criação de condições especiais para os negócios feitos internamente, como concessão de descontos de 10% a 20%.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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