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Querida Presidente: EUA têm recorde de mulheres pré-candidatas para 2020

Saiu no site UNIVERSA

 

Veja publicação original: Querida Presidente: EUA têm recorde de mulheres pré-candidatas para 2020

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Por Amanda Denti

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Nunca antes na história deste país duas mulheres se enfrentaram num debate político presidencial. Hoje já são seis pré-candidatas do Partido Democrata querendo desbancar o senhor de penteado duvidoso da cadeira mais confortável da Casa Branca. O número é um recorde na história dos Estados Unidos.

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Seguindo a tendência das últimas eleições de meio de mandato (que aconteceram em novembro), quando foram eleitas muitas mulheres com agendas progressistas ao Congresso, a maioria das pré-candidatas à Presidência dos EUA estão quase competindo pra ver quem vira mais pra esquerda.

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Adotam discursos feministas, falam em sistema público de saúde e educação superior de graça para todo mundo, aumentar o salário mínimo, legalizar a maconha, enfrentas as gigantes de tecnologia e defendem a reparação financeira para famílias de afrodescendentes que carregam o impacto da escravidão até hoje. As moderadas estão em menor número, mas tentam ganhar força entre os eleitores da oposição ao reforçar a relevância do exército e a criminalização do uso de drogas, enquanto também se dispõem a corrigir uma rota mais “careta” que adotaram no seu passado político.

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Elas vêm de diferentes estados desse país onde o pessoal faz churrasco de salsicha e ainda se divide sobre o aquecimento global. Tem professora de Harvard, surfista do Havaí, promotora de Justiça, conselheira espiritual da Oprah, advogada conservadora e senadora vira-casaca, mas todas ganham força como resistência ao Trump – que né, dispensa apresentações.

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Candidatas com nome e sobrenome

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A Hillary Clinton abriu o caminho em 2016, quando ganhou a nomeação e se tornou a primeira mulher de um grande partido a concorrer oficialmente para ser a manda-chuva da maior economia do mundo. Tem quem acredite que ela só não ganhou porque é mulher, e outros só por ser ela mesmo.

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Hillary carrega o sobrenome do marido (o ex-presidente Bill Clinton), um símbolo da “dinastia” que por muitos anos apresentou as mulheres na política como “esposas” ou “filhas” de um moço que já tinha passado pelo poder… Ela, que batalhou pra não ser “taxada” de Senhora Clinton na campanha de 2016, não vai concorrer em 2020. Mas a julgar pelos nomes e sobrenomes das que estão na corrida para ser a primeira presidente americana em 2020, esse “carimbo” que funcionava quase como uma “licença para governar” numa sociedade mais machista, tá fora de moda.

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Mas por que tão cedo? E cadê a concorrência?!

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As eleições de verdade só acontecem em novembro de 2020, mas as primárias, votação que decide quem será o candidato que representará o partido, rolam ainda esse ano. E os Republicanos, o partido do Trump? Tradicionalmente quem está no poder não anuncia candidaturas antecipadas se o presidente puder e quiser concorrer. Ele quer (mas talvez não possa, veremos). Ladies and gentlemen and queers, vamos a elas.

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De blazer e colar havaiano

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“Aloha!” é como a Tulsi Gabbard costuma começar seus discursos. Ela é a mais nova e a menos conhecida da turma. Tem 37 anos, aprendeu a surfar na sua terra natal, o Havaí (elementar, minhas caras), é vegetariana e foi a primeira deputada Hindu na história do Congresso americano.

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Menos paz e amor do que a gente pode achar, a Tulsi lutou no Iraque com o exército americano e hoje é uma veterana da Guarda Nacional. Contrária à intervenção militar dos Estados Unidos na Síria, ela foi criticada por ter visitado o presidente Bashar al-Assad em 2017, quando já tinha sido comprovado que ele usou armas químicas contra os sírios.

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Além dessa polêmica, ela enfrenta outra questão relacionada à sua trajetória política, que começou quando era novinha, aos 21 anos.

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Envolvida num grupo de lobby liderado pelo seu pai, ela fez campanha contra o casamento gay… Pediu desculpas, retificou sua posição e até apoiou a candidatura de Bernie Sanders – um socialista reconhecido como defensor dos direitos humanos, popular entre os jovens e que quase encabeçou a corrida presidencial contra o Trump no lugar da Hillary (ele é um dos candidatos progressistas mais fortes para as eleições de 2020, aliás).
Tulsi também já foi contra o aborto, mas hoje é a favor da escolha da mulher.

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A senadora do #MeToo

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Getty Images
 A senadora Kirsten GillibrandImagem: Getty Images

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A Kirsten Gillibrand é advogada, foi congressista e senadora por NY. No poder, ela pediu pro Bill Clinton sair depois de ser acusado de assédio pela então estagiária Mônica Lewinsky. E sabe aquela imagem que circulou pelo mundo de um político americano simulando que iria tocar nos seios de uma militar enquanto ela dormia num avião? Então.

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Essa mesma senadora, que assumiu o cargo da Hillary quando ela foi trabalhar pro Obama, se posicionou contra All Franken, o senador que também foi acusado de atacar outras oito mulheres. Kirsten ficou famosa pela frase “Enough is enough” – algo como “Chega, já deu” – quando entrevistada a respeito do comportamento do senador, que era seu amigo.

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Ela também enfrentou a questão ao propor uma lei para inibir o abuso sexual no exército e tornar o processo de julgamento desse tipo de crime menos hostil para as vítimas.

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Como uma onda no mar

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Apesar de fazer da equidade de gênero a sua principal plataforma política, ela é mais uma pré-candidata que enfrenta alguma desconfiança por estar “surfando a onda” progressista, considerando seu passado mais conservador…

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Já foi financiada pela indústria das armas e agora quer priorizar as doações de indivíduos, e não de corporações.

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Fala inclusive em aplicar mais impostos ao mercado financeiro dominado pelos senhores engravatados de Wall Street.

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Antes, ela era contra à imigração ilegal, mas hoje fala abolir o ICE, que é a agência policial responsável pelo controle imigratório dos Estados Unidos. A questão é bem polêmica num cenário em que o Trump defende a construção de um muro pra separar a América “dele” da América Latina.

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Enquanto vai mudando de rota e surfando melhores ondas, também escreveu um livro infantil em que retrata a história das mulheres corajosas que abriram o caminho para outras moças ganharem o direito ao voto.

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Uma promotora de Justiça interrompendo o mansplaining

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Reprodução/Instagram
A senadora Kamala HarrisImagem: Reprodução/Instagram

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Filha de uma mãe indiana e de um pai jamaicano, a Kamala Harris cresceu num bairro negro de Berkeley, na Califórnia, e frequentava protestos pelos direitos civis que rolavam por lá nos anos 60 ainda no carrinho de bebê. Ela pode vir a ser, nada mais, nada menos do que a primeira mulher negra a presidir os Estados Unidos.

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Senadora pela Califórnia e ex-procuradora geral do estado, ela usa a franqueza que herdou dos tribunais pra bater de frente com todos os senhores que tentam interrompê-la durante os questionamentos que conduz com investigados sobre a intervenção da Rússia nas últimas eleições ou com figurões como o agora juiz da Suprema Corte, Brett Kavanaugh, que foi indicado por Trump mesmo após ser acusado de assédio por três mulheres.

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De tão polêmicos, esses eventos ganham cobertura digna de reality show – e os memes de como a Kamala conduz esse tipo de situação com firmeza e numa velocidade que deixa o investigado tontinho, não param de pipocar no Twitter, tudo na mesma proporção.

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Em 2013 até o Obama deu bola fora com ela e teve que se redimir publicamente. Disse pra um grupo de Democratas que estavam num evento beneficente com ela que, além de ser brilhante, dedicada e casca dura… Ela era, de longe, a procuradora geral mais bonita do país. Ops.

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Quando não tentam interrompê-la ou chamá-la de gatinha, ela fala em cortar impostos para a classe média, reformar o sistema criminal e defender a mesma agenda que os pais dela defendiam nas manifestações de direitos civil como, claro, a liberdade de expressão.

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Porém, #BlackLivesMatter

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Como promotora, Kamala defendeu vítimas de abuso infantil e tráfico sexual. Também foi uma pioneira contra a pornografia de vingança (o ato de expor na Internet fotos ou vídeos íntimos de terceiros, sem o consentimento dos mesmos), enfrentando inclusive as grandes empresas de tecnologia envolvidas nesse cenário. Mas, no mesmo cargo, ela ficou conhecida por ser linha dura na “guerra contra o crime”.

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Num período da história em que a questão do encarceramento em massa, principalmente entre pessoas pobres e negras, começa a ser publicamente encarada como uma questão racial, o aumento de condenações mais radicais da Kamala contra traficantes de drogas, por exemplo, foram vistas nos últimos anos como oportunistas e negativas pelos colegas mais progressistas.

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Contra as drogas, o Google, mas nem sempre a favor dos seus funcionários

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Arquivo Pessoal
 A senadora Amy KlobucharImagem: Arquivo Pessoal

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Na ala das mais conservadoras está a Amy Klobuchar, que é Senadora por Minnesota. Esse estado no Meio-Oeste americano é estratégico: republicanos e democratas lutam pra se estabelecer como partido majoritário. Ganhar num estado “pêndulo” conta mais para o sistema eleitoral do país.

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Preocupada em combater a crise de opióides que assola essa e outras regiões dos Estados Unidos, gerando vítimas fatais por overdose, ela concentra sua campanha na questão da prevenção e do combate ao vício. Também quer reprimir instituições de saúde ou provedores que tentam tirar vantagem de pacientes vulneráveis.

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Ela se afasta das plataformas mais populares e progressistas do partido como a faculdade de graça para todos. Uma das coisas que a diferencia é o enfrentamento às grandes empresas de tecnologia como Google e Facebook quando o assunto é a proteção de dados dos usuários.

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Salada se come com pente!

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Ela também virou uma heroína democrata ao questionar o Juiz Brett Kavanaugh de forma fria e severa. O problema é que a fama de durona ganha outra conotação quando quem fala a respeito são os seus colaboradores mais próximos…

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Entre as equipes no Senado americano, a dela está entre as que tem rotatividade mais alta. Depois de tanta gente pedindo demissão, as histórias de chefona desumana começaram a ganhar repercussão. Uma das mais famosas é a do pente que virou garfo.

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Sim.

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Num levantamento feito pelo The New York Times, está o relato de um assessor que lhe trouxe uma salada antes de decolarem num voo, mas na confusão entre carregar as malas e fazer checkin, ele perdeu os talheres plásticos. Ao se desculpar e explicar o que aconteceu para a Amy, ela não só o repeliu pelo deslize verbalmente, como tirou um pente da bolsa, garfou a alface com o acessório e, ao terminar de comer a salada desse jeito peculiar, entregou o pente meio cheio de fios de cabelo, meio cheio de saliva, pro assesor ir limpar.

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#Mindfulness President

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Reprodução/Facebook
 A senadora Marianne WilliamsonImagem: Reprodução/Facebook

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Na era do pessoal que quer entrar pra política se vangloriando por ser um outsider, está Marianne Williamson. Ela até tentou entrar no Congresso em 2014, como candidata independente de qualquer partido, mas não foi dessa vez.

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Escritora de auto ajuda, conselheira espiritual e convidada frequente no show da Oprah Winfrey, ela fundou uma ONG que entrega alimentos para pessoas com doenças rigorosas e lutou pelos direitos de pessoas com AIDS.
Ela defende um “despertar moral e espiritual do país” para mudar os padrões que criaram uma política que chama de disfuncional. Não tá toda errada, né?

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Na linha mais prática, propôs um budget de 100 bilhões de dólares para reparar aos descendentes de escravos, sendo que 10 bilhões seriam distribuídos anualmente durante uma década para projetos econômicos e educacionais.

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Trabalhadoras, uni-vos!

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Reprodução/Facebook
A senadora Elizabeth WarrenImagem: Reprodução/Facebook

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A mais madura da lista de pré candidatas é também a mais prafrentex. Elizabeth Warren é uma crítica da desigualdade econômica, racial, e da falta de controle sobre as grandes corporações que, sem regulamentação governamental apropriada, impactam a qualidade de vida da classe média, seu principal target na campanha.

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Senadora por Massachussetts, ela é professora emérita de Direito em Harvard e manja tanto de falência e das armadilhas financeiras que muitas vezes levam os consumidores a erro que foi a força motriz por trás da criação da agência federal que hoje fiscaliza e responsabiliza quem dá esses golpes na gringa.

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Ela também quer regular as maiores empresas de tecnologia da América, como Amazon e Apple, ao proibir, por exemplo, plataformas que concentram e controlam produtos e o marketplace onde esses produtos são vendidos.
A intelectual desfruta de uma baixa rejeição entre os democratas e há poucos dias se disse favorável, assim como Kamala, à uma reparação econômica aos afrodescendentes tendo em vista o impacto social da escravidão – mas ambas não precisaram ainda como colocariam esse plano em prática. A candidata espiritualizada pelo menos deu uns nomes aos bois.

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Elizabeth também apoia o acesso público gratuito ao ensino superior, o sistema público de saúde para todos, um salário mínimo de 15 dólares por hora, e o enfrentamento ao aquecimento global – todas políticas que beneficiariam populações marginalizadas. Mas apesar de tudo isso e de estar entre os primeiras políticos brancos a endossar o movimento Black Lives Matter, há uma polêmica que vai contra o seu posicionamento de inclusão.

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Pocahontas: ser ou não ser, eis a questão

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Muitos a criticam por ter feito um teste de DNA para provar publicamente a sua origem indígena em resposta às piadas do Presidente Trump. Ele tinha chamado ela de “Pocahontas” em mais de uma ocasião, na tentativa de diminuir a sua relação com populações nativas, como se ela fizesse isso para obter vantagens na carreira. Cair na pressão e responder dessa forma não pegou bem, querida potencial Presidente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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