Saiu no site ROTA 51
Por Aline Werneck
Ocorre que, na cidade de Eunápolis BA, foi apresentado ao Chefe do executivo, um projeto de Lei denominado “Defensoria Pública em face da violência doméstica” o referido projeto teve como fito implantar na cidade, mais especificamente dentro do prédio de assistência social, um órgão em defesa das vitimas de violência doméstica, com o auxilio de profissionais do sexo FEMININO, as vitimas certamente se sentiriam mais a vontade para relatar, qual foi a natureza da violência que lhe fora acometida, bem como a intimidade de uma mulher poder atender outra mulher, sendo que, um dos motivos das vitimas não procurarem ajuda é justamente a vergonha de se reportar a um inspetor do sexo masculino; Relatam algumas que até são ironizadas e negligenciadas. Não generalizando e discriminando o atendimento policial advinda por um profissional do sexo masculino, pois sabemos que são CASOS E CASOS, mas as próprias vitimas preferem um atendimento feminino. Sendo assim o vereador e advogado Jota Batista, mentor do projeto, redigiu no escopo do projeto justamente essas alegações, de que um atendimento de mulher para mulher seria mais eficaz, e que inclusive a secretaria de ação social foi escolhido estrategicamente para acolher essas vitimas, lhe dando todo o apoio necessário, psicológico e judicial, criando uma espécie de ABRIGO MARIA DA PENHA. O projeto passou pela Câmara de Vereadores e foi aprovado pelos Edis por unanimidade, sendo assim encaminhado ao Chefe do Executivo na pessoa do senhor Robério Oliveira, para que fosse apreciado, ressalto que estando em gozo do terceiro mandato como prefeito em Eunápolis, e conhecedor das dificuldades enfrentadas pela mulher que é vitima desse tipo de violência, pois dados de 2016, apontam 16.566 vitimas, envolvendo estupros, violência psicológica, atentado violento e não violento ao pudor, ameaças, surras, e homicídios, o prefeito ao invés de sancionar, VETOU o projeto.
Há pouco mais de um mês da promulgação do VETO, a população diariamente externa sua revolta pelas redes sociais, principalmente após a exposição dos vereadores que se puseram contra o projeto, alguns até mesmo lamentando ter votado em tal pessoa. Nesse interim, vários sites, blogs, e perfis no Facebook compartilharam sua revolta, redigiram textos de repudio, e a noticia foi tomando uma proporção estratosférica, alcançando até mesmo entidades e órgãos de diferentes segmentos, por todo Brasil.
Foi dessa forma que a Dra Gabriela Manssur, promotora do estado de São Paulo, e mentora do bordão: MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS, externou sua revolta por meio de seu próprio site “justiça de saia” e a ideia da promotora é fazer com que mais pessoas saibam que Eunápolis, melhor dizendo Vereadores e Prefeito cerceou o direito de defesa da mulher agredida em seu próprio lar.
Pelo exposto, fica evidente que um pequeno numero de vereadores ( RAMOS FILHO, ARTHUR DAPÉ, XINHA, LUIZINHO, JURANDIR LEITE E JOTA BATISTA) um grupo seleto de veículos de mídia, e a participação efetiva da população ainda podem mudar esse quadro, estamos unindo forças, trazendo a atenção de promotores, juízes, sargentos, policiais, etc… Por todo País, na tentativa de que essa triste realidade MUDE, e que as mulheres possam usufruir de uma vida digna, sem temer a impunidade do seu algoz em caso de violência doméstica.
Veja publicação original: Promotora de justiça do estado de São Paulo Gabriela Manssur, externa indignação ao veto à implantação de uma “DEFENSORIA PÚBLICA EM DEFESA DA MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMESTICA” em Eunápolis BAHIA.