Saiu no site G1
Veja publicação original: Projeto impede condenados pela Lei Maria da Penha de assumirem cargos públicos em Carmo do Rio Claro
.
Projeto de lei foi aprovado pela Câmara de Vereadores e agora depende de sanção do prefeito.
.
Uma lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Carmo do Rio Claro (MG) quer proibir condenados pela Lei Maria da Penha de assumirem cargos públicos no município. Segundo a casa, o projeto busca ampliar a rede de proteção às vítimas.
.
“Nós temos que observar que o sujeito que é capaz de agredir uma mulher certamente não é capaz de prestar um serviço digno, condizente com a necessidade da população”, afirma o vereador João Paulo Castro (PDT).
.
No Sul de Minas, foram registrados, em média, de cinco casos de violência contra a mulher para cada 100 mil habitantes em 2018. Agora a lei foi aprovada por unanimidade e determina um prazo mínimo de cinco anos após a conclusão da pena para a liberação da contratação.
.
“Nós temos que buscar um aperfeiçoamento não da Lei Maria da Penha, mas de tudo que acontece em torno, para que a Lei Maria da Penha seja realmente colocada em prática e para nós alcançarmos realmente o seu objetivo, que á proteção do gênero”, acrescente o vereador.
.
.
Projeto impede condenados pela Lei Maria da Penha de assumirem cargos públicos — Foto: Reprodução/EPTV
.
O Conselho da Mulher acompanhou o processo de aprovação da lei. Segundo a presidente do órgão, Bell Vilela, houve surpresa com o apoio de todos os vereadores para a nova lei, que é vista como um avanço.
.
“Eu acho que essa lei nossa deveria se estender não só âmbito municipal, como estadual, como federal também. Quem dera nós mulheres pudéssemos cada vez mais criarmos leis, e serem aprovadas essas leis tanto aqui quanto em Belo Horizonte, como em Brasília, para nos proteger”, diz Bell Vilela.,
.
A lei agora depende somente da sanção do prefeito de Carmo do Rio Claro para, aí sim, entrar em vigor.
.
.
Projeto foi aprovado na câmara e segue para sanção do prefeito — Foto: Reprodução/EPTV
.
.
Âmbito federal
.
Recentemente o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil aprovou algo semelhante. Casos de agressões e violência contra a mulher passaram a ser impedimentos para a inscrição na OAB.
.
“Oxalá que todos os municípios deste país adotem essa medida, no sentido de coibir que pessoas que agridem as suas companheiras, os seus familiares, possam ser empregadas no Estado. E que isso seja um avanço, porque não é possível essa chaga que se abate sobre o nosso país, sobre o nosso estado e sobre o nosso município”, afirma o juiz Oílson Hoffmann.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.