Saiu no site ES HOJE
Veja publicação original: Programa mobiliza homens pelo fim da violência contra a mulher em Linhares
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Mais um ciclo do projeto Homem que é Homem terá início em Linhares na próxima terça-feira (12). A iniciativa tem o objetivo de prevenir e reduzir a violência doméstica em Linhares e é realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social numa parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e da Polícia Civil. O projeto já atendeu, aproximadamente, 150 homens supostos autores de violência doméstica neste um ano e meio de existência.
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A metodologia de trabalho é composta de encontros semanais, sempre as terças-feiras, das 19h às 21h, no auditório da secretaria municipal de Assistência Social, no centro de Linhares, quando serão desenvolvidas atividades como rodas de conversa, palestras, dinâmicas de grupo, debates, apresentações de vídeo dentre outras.
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O primeiro encontro acontece por meio de intimação feita pela titular da Deam – Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Linhares, Delegada Suzana Duarte. Mas, depois, a permanência e frequência aos outros cinco encontros é voluntária. Em cada um são apresentados conceitos para uma cultura de respeito e não violência.
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Além disto, durante os encontros, os homens têm o acompanhamento de uma equipe psicossocial e discutem temas como a Lei Maria da Penha, violência, relação amorosa e comunicação não violenta.
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De acordo com a psicóloga Adriana de Azevedo Barbosa, da secretaria municipal de Assistência Social e que atua no projeto, a ideia é fazer com que eles reflitam sobre como lidar com determinadas situações de conflito do dia a dia. “Nosso trabalho é levar à reflexão de que muitas mulheres têm perdido a vida devido a intolerância e discriminação por parte de uma sociedade culturalmente machista”, detalha.
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Segundo ela, a ideia é trabalhar as atitudes violentas que, muitas vezes, já são naturalizadas e legitimadas pela sociedade machista. Ela lembrou que muito se fala em agressão física, mas também há outras formas de violência que causam danos graves na vida de uma mulher. “Xingamentos, impedir que ela use certas roupas ou frequente determinados lugares são atitudes disfarcadas de ciúmes, mas que na verdade são formas de violência contra a mulher”, explicou Adriana.
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O prefeito de Linhares Guerino Zanon pontua que o trabalho com os supostos agressores é uma parte importante no enfrentamento à violência contra a mulher. Ele acredita que o projeto pode mudar o comportamento dos homens, diminuindo o índice de reincidência. “O projeto busca entender o que há por trás da vida de cada participante, os dramas cotidianos e histórico familiar deles”, explica.
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“Homem que é Homem”
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Lançado em 2015 e idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil, o projeto “Homem que é Homem” foi desenvolvido para contribuir para a redução do índice de reincidência de violência contra a mulher, promovendo a prevenção por meio da construção de recursos e habilidades não violentas nas relações interpessoais, especialmente com os cônjuges e familiares.
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Em Linhares, o programa teve início em 2017..
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Reuniões
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Em Linhares aqueles que forem denunciados nos Distritos Policiais de atendimento à mulher serão intimados e convocados para participar desse ciclo de palestras com temas voltados para a desconstrução de ideias sexistas e machistas, a fim de estimular formas pacíficas de lidar com os conflitos.
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As reuniões acontecem uma vez por semana e totalizam seis encontros, incluindo a de apresentação do projeto. Estes homens participam de encontros organizados pela equipe da Secretaria de Assistência Social em parceria com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Linhares. Eles acontecem por meio de intimação judicial, e em cada um são apresentados conceitos para uma cultura de respeito e não violência.
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Os temas abordados contemplam relações de gênero, formas pacíficas de lidar com os conflitos, identificação e reflexão a respeito das violências nas relações, bem como aspectos relativos à relação familiar, propondo pensar o espaço subjetivo ocupado na família como um lugar democrático de convivência.
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