Saiu no site G1 SANTA CATARINA:
Veja publicação original: Professora denuncia aluno de 15 anos por agressão em escola de SC: ‘Dilacerada
Ela afirmou que levou socos de estudante na sala da direção. Polícia de Indaial vai instaurar inquérito.
Uma professora de uma escola de Indaial, no Vale do Itajaí, registrou boletim de ocorrência na manhã desta segunda-feira (21) contra um aluno de 15 anos. Ela disse à polícia que foi agredida por ele com socos dentro da escola. A delegacia vai investigar o caso. O G1 não havia conseguido com a família do aluno, nem com a escola até a publicação desta notícia.
Em entrevista à NSC TV, a professora relatou que o soco foi “violento”. “Um menino de 15 anos, alto, forte, um homem. Eu sou uma mulher pequena, uma mulher de 1,65 metro”, contou, em áudio.
A agressão ocorreu por volta das 10h20 desta segunda, de acordo com o B.O. A professora disse à polícia que chamou a atenção do aluno por ele estar com o livro debaixo da mesa e, com o objetivo de fazê-lo focar mais na aula, pediu que ele colocasse a publicação em cima da mesa. Em seguida, o estudante ficou alterado e disse para a professora “se f…”.
Diante disso, segundo o B.O., ela pediu que o aluno fosse para a sala da direção. Antes de ir, ele jogou o livro em direção a ela, na frente dos demais estudantes. Ao chegar à direção, o adolescente negou o ocorrido, exaltou-se e chamou a professora de mentirosa. Em seguida, deu socos nela, o que causou uma lesão no olho.
Investigação
O boletim de ocorrência foi feito perto das 11h, e a professora estava machucada quando foi à delegacia, afirmou o delegado José Klock. “Fizemos o B.O. e demos a guia para ela ir à perícia fazer o exame de corpo de delito. Em seguida, estamos instaurando um auto de apuração de ato infracional contra o adolescente”.
Conforme o delegado, o adolescente não tinha ato infracional antecedente. “Nós próximos dias, quando vier o exame de corpo de delito, vamos ouvir as testemunhas oculares de dentro da sala de aula e na sala da direção. Bem como o adolescente. Ele vai ser intimado para prestar sua versão dos fatos”, afirmou José Klock.
Post em rede social
Em um post em uma rede social, a professora relatou a agressão: “Ele, um menino forte de 15 anos, começou a me agredir. Foi muito rápido, não tive tempo ou possibilidade de defesa. O último soco me jogou na parede. Estou dilacerada por ter sido agredida fisicamente”.
A professora continou: “Estou dilacera por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacera por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem. Estou dilacera porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos. A sociedade nos desamparou”.
Secretaria de Educação
Por nota, a Secretaria Municipal de Indaial se manifestou sobre o caso. Veja abaixo o texto na íntegra:
Nesta segunda-feira, 21 de agosto, uma professora da rede pública municipal de Educação de Indaial foi agredida por um aluno no Ceja (Centro de Educação de Jovens e Adultos), local de trabalho da profissional. Sobre o fato, a Secretaria de Educação de Indaial esclarece:
a) A Secretaria repudia qualquer tipo de agressão física ou moral, independentemente da motivação;
b) Após a ocorrência, a direção do Ceja prestou apoio à professora, levando-a para realizar o Boletim de Ocorrência e na sequência receber atendimento médico no Hospital Beatriz Ramos, onde foi medicada e encaminhada a sua residência;
c) A Secretaria de Educação está acompanhando todos os fatos e continuará prestando o apoio necessário para a professora.
Gerência de Educação lamenta ocorrido
Gerência de Educação (Gered) da região também enviou nota e afirmou que “lamenta o ocorrido e vai continuar acompanhando o caso”.
“A Gerência de Educação (Gered) da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Timbó esclarece que o caso de agressão ocorrido nesta segunda-feira, 21, em Indaial, no qual um aluno agrediu física e verbalmente a professora Marcia Friggi, aconteceu na Educação de Jovens e Adultos (EJA), pertencente à Secretaria Municipal de Educação. A professora agredida é funcionária efetiva do Governo do Estado de Santa Catarina, com 20 horas no período vespertino e leciona na EEB Germano Brandes Júnior. Ela também trabalha como professora na EJA, onde aconteceu a agressão”, diz a nota.
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