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Veja publicação original: Primeiro governo da Áustria liderado por uma mulher toma posse
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Brigitte Bierlein, a nova primeira-ministra, assume após o escândalo que derrubou a coalizão de ultranacionalistas no país
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Viena — O primeiro governo federal da Áustria liderado por uma mulher – a juíza Brigitte Bierlein – e com paridade ministerial entre homens e mulheres tomou posse nesta segunda-feira no antigo Palácio Real de Viena.
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Após várias semanas de turbulências políticas causadas por um escândalo de corrupção no seio do até agora governante partido ultranacionalista FPÖ, o presidente federal austríaco, Alexander Van der Bellen, tomou juramento da nova chanceler e sua equipe ministerial, composta por seis homens e seis mulheres.
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Os membros deste governo são todos especialistas independentes que administrarão o país até as eleições gerais antecipadas do próximo mês de setembro.
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O líder do partido popular ÖVP, Sebastian Kurz, tinha liderado até algumas semanas atrás uma coalizão com o FPÖ, que foi rompida pelo chamado “Ibizagate”.
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O escândalo explodiu no último dia 17 de maio quando duas publicações alemães divulgaram um vídeo gravado de forma secreta em uma mansão nessa ilha espanhola no verão de 2017.
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Nas polêmicas imagens é possível ver o agora ex-líder do FPÖ, Heinz Christian Strache, oferecendo favores políticos a uma suposta milionária russa em troca de doações ilegais para seu partido.
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Após a renúncia de Strache, Kurz decidiu romper a coalizão e convocar eleições, embora poucos dias depois seu próprio governo de transição tenha perdido uma moção de confiança no parlamento, o que obrigou o presidente a designar em seu lugar um gabinete de especialistas.
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Van der Bellen destacou hoje a importância de virar a página deste escândalo e se mostrou convencido de que o novo governo representará o país “de forma política, diplomática e simpática”.
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Além disso, destacou explicitamente o fato de Bierlein, de 69 anos, ser a primeira mulher na história da Áustria a liderar um governo federal, junto com uma equipe ministerial paritária entre homens e mulheres.
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“Me dá especial alegria que tenhamos pela primeira vez uma mulher à frente do governo e que este tenha paridade. No futuro, ninguém poderá dizer ‘desculpe, mas isto não pode ser feito’”, ressaltou Van der Bellen.
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