Saiu no site GALILEU
Veja publicação original: Prêmio sobre igualdade de gênero só tem vencedores homens
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Redes sociais fizeram piadas após a iniciativa promovida pelo governo dos Emirados Árabes Unidos conceder prêmios apenas a homens
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O governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) se esqueceu de um pequeno detalhe ao organizar uma cerimônia para reconhecer a promoção de iniciativas de igualdade de gênero: apenas homens receberam a premiação. Após a divulgação da foto que exibiu os vencedores ao lado do sheikMohammed bin Rashid al-Maktoum, vice-presidente dos EAU, as redes sociais não perdoaram a falta de reconhecimento às mulheres. “Nossa, realmente se celebrou a diversidade: um dos caras estava de cinza”, ironizou um usuário do Twitter.
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A cerimônia de premiação, que concedeu medalhas e certificados aos vencedores, aconteceu no último domingo (27 de janeiro). Al-Maktoum, que também é o emir de Dubai, reconheceu iniciativas em três diferentes categorias: “melhor entidade governamental que apoia o equilíbrio de gênero”, “melhor autoridade federal apoiando o equilíbrio de gênero”, e “melhor iniciativa de equilíbrio de gênero”. Os prêmios foram concedidos ao Ministério das Finanças, a Autoridade Federal de Estatísticas e Competitividade e o Ministério de Recursos Humanos.
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Além disso, o general Sheikh Saif bin Zayed al-Nahyan recebeu uma homenagem como “melhor personalidade que apoia o equilíbrio de gênero”: ele foi premiado por conta de seu projeto que concede licença-maternidade às mulheres que fazem parte das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos.
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Formados por uma confederação de monarquias, os Emirados Árabes Unidos são mais conhecidos por suas cidades luxuosas repletas de arranha-céus: Abu Dhabi é a capital do país e Dubai é a metrópole mais populosa do país que tem pouco mais de 83 mil quilômetros quadrados.
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Mesmo com o “esquecimento” na premiação, os EAU são um dos países localizados no Golfo Pérsico que mais dão oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho: em 2015, 135 mil pessoas do gênero feminino estavam trabalhando no país, enquanto em 1975 apenas 1 mil mulheres tinham alguma profissão.
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As leis estabelecidas pelo país árabe, entretanto, afirmam que as mulheres devem “obedecer” seus maridos e elas são praticamente impedidas de pedir o divórcio. Em 2016, uma turista britânica foi presa em Dubai sob acusações de “sexo extraconjugal” após ela ter ido à polícia denunciar um estupro que sofreu.
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