Saiu no site UNIVERSA:
Veja publicação original: Por que tantos homens tratam mal a mãe?
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Por Lia Bock
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Agora que o Dia das Mães já passou a gente pode falar sobre este assunto, este mistério da humanidade. A mulher pare, amamenta, alimenta, dá amor, carinho, passa pomadinha no bumbum, beija incontáveis machucados, paga as contas, põe pra dormir, dá limite, incentiva, aguenta, respeita e algumas (muitas) coisas mais, pra ali na frente fulaninho ser grosseiro, gritar e fazer malcriação?
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E eu não estou falando de crianças que chamam suas mães de “a mais chata do mundo” e nem dos pré-adolescentes que nos amaldiçoam porque não deixamos ir na tal festa. Estou falando de marmanjo adulto. De homem feito, barbado, que vive fazendo desfeita, levantando a voz e perdendo a paciência.
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E não me venham dizer “eu não faço isso” ou “de onde eu venho nenhum boy trata a mãe mal”. Por favor. Do meu vizinho ao carinha no ponto de ônibus, de alguns amigos ao político que dizia desaforos para a mãe no telefone no aeroporto rumo à Brasília: é um mal generalizado, muitos caras são impacientes e inadequados com suas mães. O que, vejam, não significa que todos se comportem assim.
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Tenho dois filhos homens e essa questão realmente pega pra mim. Fico me perguntando onde essas mulheres erraram, porque eu quero (preciso) fazer diferente. E claro: como toda mãe, eu sempre acho que a culpa é minha. E se não é, vai ser. (Obrigada cultura patriarcal por nos fazer assim).
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Deve ser culpa desse amor incondicional, que não morre nem quando deveria – Precisamos falar sobre kevin (o filme) feelings. Deve ser culpa da certeza mais que absoluta de que nunca vamos abandoná-los. (Tá, ok. Algumas abandonam e isso é triste pra caramba. Mas não dá nem pra comparar com o número de pais que abandonam seus filhos. No geral, é a mãe que fica lá, com a prole a tiracolo).
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Faça esse exercício, olhe em volta. Pense: quantos homens ao seu redor tratam a mãe com o respeito e o amor devido? Quantos não perdem a paciência com elas por coisas bestas? Isso sem falar em coisas menores (mas não menos devastadoras – sim, tô meio mãe judia hoje), como silenciar o celular dizendo: “ai cara… minha mãe me ligando de novo”.
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Meus filhos ainda não têm idade pra ter celular, mas só de pensar neles fazendo isso eu já deprimo.
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Macharada, olhem pra vocês! Vamos valorizar essas mães aí! E eu não tô falando de colocar foto do Facebook no dia do aniversário e nem de post fofo no Dia das Mães. Estou falando das pequenas atitudes do dia a dia, de retribuir com respeito, paciência e amor tudo (TUDO!) que a sua mãe te deu, te dá e vai dar.
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Aos que tratam a mãe com a devida dignidade, meus sinceros parabéns.
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