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Por que 70% das mulheres maduras estão em transição de carreira

Saiu no site FORBES

 

A maturidade pode ser o momento para repensar a vida – e também o trabalho. Nessa fase, 70% das mulheres estão em transição de carreira, mostra um estudo realizado pela Maturi, plataforma voltada para o mercado de trabalho 50+, e NOZ Inteligência, empresa de pesquisa e inteligência de negócios. Entre os homens, são 65%. “Essa busca é motivada principalmente pelo etarismo no mundo corporativo, mas também pela necessidade de alcançar equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de melhores rendimentos e novos desafios profissionais”, diz Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi.

 

O levantamento, com mais de 2 mil pessoas entre 43 e 82 anos, constrói um panorama sobre a realidade dos profissionais maduros, especialmente as mulheres. A pesquisa será lançada na íntegra no MaturiFest, evento que acontece de 14 a 16 de agosto em São Paulo.

 

Mulheres querem flexibilidade e serem donas dos próprios negócios
Os dados mostram que a maioria das mulheres quer flexibilidade: 55% buscam trabalhar como consultoras, autônomas ou freelancers e 38% gostariam de empreender. “Muitas encontram dificuldades em se recolocar no mercado de trabalho tradicional devido ao preconceito etário e acabam vendo no empreendedorismo uma oportunidade de continuar ativas profissionalmente.”

Esse cenário explica a maior proporção de mulheres maduras sem ocupação (34%) em relação aos homens (27%). Além disso, entre os que possuem emprego formal, os homens (28%) têm presença mais significativa do que as mulheres (21%).

 

Motivações para transição de carreira
busca por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (49% das mulheres e 46% dos homens);
busca por melhores rendimentos e condições financeiras (48% e 52%, respectivamente);
busca por novos desafios profissionais (39% das mulheres);
seguir uma paixão, desejo ou interesse antigo (25% e 17%).

 

 

*A pesquisa permitia escolher mais de uma alternativa
Além disso, 48% das mulheres desejam uma transição para trabalhos remotos ou freelancers – 43% dos homens manifestam essa preferência. “Ambos buscam mais autonomia e controle sobre seus horários e locais de trabalho, refletindo uma tendência geral de valorização da flexibilidade”, diz Litvak. O CEO da Maturi também lembra que nessa fase da vida muitas mulheres estão na “geração sanduíche”, cuidando de filhos e dos pais ou familiares idosos ao mesmo tempo.

 

 

Brasil envelhecendo
O país está envelhecendo, assim como a força de trabalho. O número de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos, segundo levantamento do IBGE. Um estudo da Ernst & Young e da Maturi, com base em dados da Pnad, mostrou que, de 2012 a 2019, a parcela da população com mais de 50 anos saiu de 23% para 28%.

Segundo projeção da Fundação Getúlio Vargas, em 2040, 57% dos trabalhadores terão mais de 45 anos. Os profissionais têm carreiras cada vez mais longevas, apesar do etarismo presente no mercado.

Para o CEO da Maturi, essas projeções indicam que o mercado vai precisar se adaptar para integrar e valorizar profissionais mais experientes. Nos últimos anos, algumas empresas, como Nestlé e Unilever, abriram vagas e criaram ações específicas para contratar profissionais maduros.

 

 

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