Saiu no site G1:
Moisés Camilo de Lucena, o Canário, estava foragido desde o ano passado quando ocorreu o crime contra menor de 16 anos. Ele foi preso por policiais da UPP Jacarezinho ao tentar fugir de blitz.
Policiais Militares da UPP do Jacarezinho prenderam na manhã deste sábado (18) Moisés Camilo de Lucena, conhecido como Canário, um dos acusados de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, em maio do ano passado, na comunidade do Barão, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Canário estava foragido desde o crime e foi preso no Largo do Jacaré, na Zona Norte, no momento em que tentava fugir após ter sido parado por uma blitz.
Em junho do ano passado, a Promotoria de Investigação Penal, denunciou e pediu a prisão preventiva de quatro pessoas pelo crime. A denúncia foi encaminhada para a 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, também na Zona Oeste.
A polícia civil do Rio conclui o inquérito com sete indiciados menos de um mês depois do ocorrido. Na época, a delegada da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana Bento, declarou que o “crime chocou o país”.
Os denunciados pelo MP foram ão Raí de Souza, de 22 anos, que gravou e transmitiu o vídeo; Raphael Duarte Belo, que fez uma selfie e transmitiu o vídeo; Moisés Camilo de Lucena, conhecido como Canário, um dos traficantes do Morro da Barão, e Sergio Luiz da Silva, o Da Russa, chefe do tráfico no Morro da Barão.
Os quatro foram denunciados por por estupro de vulnerável, com pena de até 15 anos; produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescentes; e vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Os dois últimos são crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, e podem significar pena de quatro a oito anos de prisão. Lucas Perdomo, que chegou a ser preso preventivamente pelo crime, não foi denunciado pelo MP por falta de provas.
Cronologia dos acontecimentos
De acordo com o que se sabe até agora, a adolescente saiu de um baile funk com Raí, o jogador de futebol Lucas Perdomo, de 20 anos, e mais uma garota às 7h da manhã de sábado, 21 de maio. Na festa, eles teriam feito uso de bebidas alcoólicas, maconha e cheirinho da loló (entorpecente feito com clorofórmio e éter). Os quatro foram a uma casa abandonada da comunidade do Morro do Barão.
Às 10h do mesmo dia, Raí, Lucas e a outra menina decidiram sair do local, deixando para trás a menor, que ainda está sob o efeito de drogas.
Às 11h, a menina teria sido encontrada desacordada pelo traficante Moisés Camilo de Lucena, conhecido como Canário, de 28 anos. O homem pegou a jovem e a levou para outra casa. Ele teria sido o primeiro a estuprá-la.
As investigações apontam que a adolescente foi estuprada, no mínimo, duas vezes: no sábado pela manhã e no domingo, à noite. Os policiais acreditam que o número de envolvidos no crime possa ser maior.
Quando a jovem foi violentada na noite de domingo, Raí chegou em uma casa da comunidade acompanhado de Raphael Duarte Belo, de 41 anos, e de um homem identificado como Jefinho. Neste segundo momento, eles abusaram da adolescente, gravaram vídeos e tiraram fotos.
Publicação Original: PM prende acusado de envolvimento em crime de estupro coletivo no Rio