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Pesquisa sugere reflexão sobre masculinidade

Saiu no site JORNAL DE BRASÍLIA

 

Veja publicação original:  Pesquisa sugere reflexão sobre masculinidade

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As últimas pesquisas do Think With Google também demonstram otimismo para o comércio da data: de 2015 a 2018, as pesquisas por “Dia dos Pais” cresceram em uma média de 19% ao ano

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Por Lucas Neiva

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A proximidade do Dia dos Pais traz consigo muitas expectativas positivas para o mercado. A última previsão do Sindicato dos Varejistas para o 11 de agosto no Distrito Federal aponta uma alta de 4,5% a 5% nas vendas, principalmente de confecções, sapatos, perfumes, celulares e bebidas. Ao todo, a comemoração deve injetar cerca de R$250 milhões no comércio de varejo brasiliense.

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As últimas pesquisas do Think With Google também demonstram otimismo para o comércio da data: de 2015 a 2018, as pesquisas por “Dia dos Pais” cresceram em uma média de 19% ao ano; e em uma pesquisa realizada pelo Google, 38% dos entrevistados afirmaram planejar gastar mais no dia dos pais em 2019 do que em 2018. Em 2018, o Dia dos Pais foi a data sazonal com mais pedidos no comércio virtual, com uma previsão de aumento ainda maior em 2019.

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Porém, um dado que comerciantes e marketeiros devem ficar atentos está na forma como é feita a publicidade de dia dos pais. A última pesquisa do Google aponta que apenas cerca de 35% dos entrevistados se identificam com a imagem de pai que aparece nas propagandas, com 38% afirmando não se identificar e 27% afirmando se identificar apenas raramente. A pesquisa traçou também algumas características que os pais afirmam não se identificar: entre os perfis apresentados, 30% afirmam não se sentir representados pela imagem de rígido e autoritário, 32% não se identificam com o perfil de pai com papel secundário, e 27% negam o estereótipo de pai ausente em casa e sempre no trabalho. 41% não se consideram pais perfeitos.

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A pesquisa do Think With Google aponta que essa falta de identificação dos pais com os perfis apresentados nas propagandas se deve a uma evolução no perfil paterno, que passa a incorporar uma nova masculinidade considerada menos tóxica e mais igualitária entre os gêneros. Para entender melhor o que seria uma masculinidade tóxica, o Jornal de Brasília buscou a psicóloga Adriana Flores.

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Adriana afirma que o conceito diz respeito aos estereótipos tradicionalmente associados à figura do homem. “É o famoso ‘homem não chora’, que se desdobra ‘o homem não fala de sua insegurança’, ‘o homem não expõe seus sentimentos’. É uma percepção tóxica em um amplo espectro: é tóxica para a sociedade, que determina um modelo de homem que não trata de seus sentimentos, é tóxica para o próprio homem que tenta se encaixar dentro desse estereótipo, e tóxica para a mulher na medida em que ela começa a aceitar posturas machistas dentro de casa. Intoxica todos os envolvidos”.

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Para ela, a paternidade é afetada no momento em que o homem é rotulado como tendo menos responsabilidade afetiva na criação dos filhos. “Ela cria um pai pouco participativo, um simples provedor da casa, que aparece no máximo no momento de brincar.”

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Os benefícios de uma paternidade livre de uma masculinidade tóxica também são apontados por Adriana. “Um pai que traz para dentro de casa uma fala de afeto, uma exposição dos próprios sentimentos e um diálogo sobre suas fragilidades acaba por criar filhos que tenham mais facilidade de replicar esse modelo: filhos que consideram com mais naturalidade que tanto meninos quanto meninas podem ter inseguranças, pedir ajuda e se ajudar mutuamente”. A sociedade também se beneficia com novos modelos de paternidade, afirma: “quanto mais modelos virtuosos de relacionamento, mais participativos e mais positivos na troca de afeto, melhor e mais rápidas serão as transformações rumo a uma sociedade mais igualitária.”

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A publicidade de Dia dos Pais pode cooperar nesse processo. “Cada vez mais se pode ver a imagem do pai trocando fralda, ajudando nas atividades escolares dos filhos, ajudando na preparação da comida. Esses comportamentos eram antes associados apenas ao papel da mãe. Isso é necessário para se criar uma sociedade mais participativa.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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