Há 13 anos nasceu, depois de muita luta de feministas e movimentos sociais, a Secretaria Nacional de Política para Mulheres e foi com base nela que vários outros órgãos foram criados. Inclusive todos os meus requerimentos, desde 2008, são fundamentados na existência da SPM. Agora, com a ameaça de sua extinção, há o risco de temas como violência doméstica, violência contra a mulher, e violência de gênero passarem a ser de importância secundária ou tratados por pessoas que não têm a expertise e a sensibilidade necessárias, o que não podemos aceitar. Em uma época em que todas as questões sobre equidade e empoderamento da mulher são prioridades em vários países; em uma época em que se luta pela especialização da matéria no Poder Judiciário e Ministério Público brasileiro, essa medida é muito mais que um retrocesso, é um tapa na cara das mulheres brasileiras. O efeito cascata dessa extinção é temerário. Permanece SPM.
Veja no site da Agência Patricia Galvão (clique no link abaixo) opiniões de juristas especialistas neste tema.