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Veja publicação original: OPORTUNIDADES IGUAIS
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Por Claudio Sassaki
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Como quem pensa educação, credito à escola parte da responsabilidade de propiciar essa transformação. Não é possível falar sobre educação para o século XXI sem considerar a importância de discussões sobre a igualdade de gênero e o desenvolvimento de habilidades – como argumentação crítica, pensamento lógico, resolução de problemas – sobretudo envolvendo meninas. São elas que sofrem com os vieses da sociedade desde que nascem.
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As expectativas de aprendizagem compõem uma outra face do sexismo. Enquanto há ausência de mulheres nas áreas de exatas – já que as garotas não são estimuladas a desenvolver o raciocínio lógico e matemático – os meninos são constantemente preparados para assumir e incorporar essas habilidades. E nada há de natural nesse padrão. O professor de Stanford Paulo Blikstein defende que homens e mulheres são igualmente capazes de aprender. A escolha por tolher a participação feminina na área de exatas é uma decisão da família que, ao longo do processo de escolarização, separa as profissões “de homens” e “de mulheres”. Na fala dele, uma fictícia falta de capacidade é atribuída às mulheres quando o tema versa por áreas de exatas.
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Muitas escolas acolhem esse modelo equivocado baseado em uma espécie de acordo tácito. As meninas são incentivadas a ter um comportamento reservado e os garotos a ter mais iniciativa. Como resultado, temos dados como o revelado pela pesquisa conduzida pela ÉNóis – agência de jornalismo que fez um levantamento com mais de 2 mil jovens de 14 a 24 anos, sendo a maioria estudantes da Educação Básica. De acordo com o mapeamento, 77% das meninas apontam que o machismo impacta diretamente no próprio desenvolvimento.
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Já na Geekie, muito puxado pelo protagonismo das próprias mulheres que trabalham aqui, temos empreendido um esforço consciente em recrutar mais mulheres para ocupar posições em engenharia, programação e desenvolvimento de produtos, por exemplo. É claro que as contratações são feitas com base no mérito e competência, mas o simples ato de divulgar as oportunidades de trabalho em grupos femininos nos levou de um cenário onde contávamos com apenas uma desenvolvedora para uma realidade onde hoje elas representam 30% do nosso time de programação.
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Acredito muito no papel do empreendedorismo na construção de uma nova sociedade, e gosto de pensar que na Geekie estamos criando um ambiente de trabalho no qual as mulheres têm iguais oportunidades.
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É o que quero para todas as filhas, não só as minhas.
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