Saiu no site ONU BRASIL
Veja publicação original: ONU Mulheres lista cinco formas de acabar com o comportamento tóxico
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Todos os dias temos a oportunidade de defender a igualdade de gênero, de grandes e pequenas maneiras. Mas, em alguns dias, muitos de nós escorregamos quando não prestamos atenção às nossas próprias atitudes e às ações que disseminam estereótipos e desigualdade.
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Das palavras que usamos no trabalho ou com nossos entes queridos até as suposições que fazemos sobre estranhos, todos nós podemos ser melhores em promover a igualdade em nosso cotidiano.
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Pensando nisso, a ONU Mulheres listou cinco maneiras de romper com comportamentos tóxicos e promover a igualdade de gênero na vida.
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Todos os dias temos a oportunidade de defender a igualdade de gênero, de grandes e pequenas maneiras. Mas, em alguns dias, muitos de nós escorregamos quando não prestamos atenção às nossas próprias atitudes e às ações que disseminam estereótipos e desigualdade.
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Das palavras que usamos no trabalho ou com nossos entes queridos até as suposições que fazemos sobre estranhos, todos nós podemos ser melhores em promover a igualdade em nosso cotidiano.
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Aqui estão listadas cinco maneiras de romper com comportamentos tóxicos e promover a igualdade de gênero na vida.
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1) Desafie estereótipos
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Desafie os rótulos. A jogadora brasileira Marta Vieira da Silva, estrela do futebol mundial, tinha apenas 7 anos quando soube que o futebol não era para garotas. Ela era a única menina jogando em equipes cheias de meninos. Em sua comunidade, como em muitas partes do mundo, o esporte ainda é uma área dominada por homens, o que significa que meninas e mulheres são frequentemente desencorajadas a participar.
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E não é só no esporte, um estudo descobriu que, aos 6 anos, as meninas já são menos propensas a descrever seu próprio gênero como “brilhante”, e menos encorajadas a participar de atividades rotuladas de “muito inteligentes”.
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Ao combater esses estereótipos ultrapassados, mulheres como Marta estão quebrando barreiras e mostrando que as meninas podem fazer qualquer coisa.
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Marta continuou jogando, provando que ela era tão boa quanto qualquer menino em sua comunidade, e quando tinha 24 anos, em 2010, já tinha sido nomeada melhor jogadora do ano da FIFA por cinco vezes seguidas (houve mais uma sexta vez em 2018). Marta tornou-se embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres para mulheres e meninas no esporte, para inspirar a próxima geração a perseguir seus sonhos.
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“Hoje, quero usar minha história para capacitar meninas em todos os lugares, para que elas trabalhem em direção a seu objetivo, em qualquer área – no esporte, na vida, no trabalho”, disse ela.
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2) Mude a linguagem
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Palavras importam. As palavras e a linguagem que usamos podem perpetuar ou quebrar estereótipos de gênero. Usar palavras e frases como “homens” para se referir à “humanidade” ou “homem de negócios” em vez de “pessoa de negócios” coloca homens e mulheres em um nível desigual.
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Quando a Declaração Universal dos Direitos Humanos estava sendo feita em 1948, o Artigo 1 quase foi elaborado da seguinte forma: “todos os homens nascem livres e iguais”. Mas a indiana Hansa Mehta, uma das duas únicas delegadas mulheres da Comissão de Direitos Humanos da ONU na época, lutou pela frase mais abrangente “todos os seres humanos nascem livres e iguais”, o que acabou sendo adotado, tornando a declaração tão abrangente quanto deveria ser.
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Pense na maneira como você está usando palavras e frases e como elas podem alienar ou incluir todos os gêneros. Para saber mais, confira o guia das Nações Unidas sobre a linguagem inclusiva de gênero e o léxico da ONU Mulheres para mais informações.
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3) Jogue fora a masculinidade tóxica
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Questione. Os papéis de gênero não estão biologicamente enraizados em nossos DNAs, mas são construídos e definidos social e historicamente. O que significa ser um menino ou uma menina, uma mulher ou um homem, ou uma pessoa transexual, são, em última análise, um conjunto de atitudes, percepções e comportamentos aprendidos.
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E não são apenas as mulheres que se machucam ou são retidas por estereótipos de gênero. Há uma enorme pressão sobre homens e meninos para que desempenhem e se adaptem a papéis específicos que acabam também restringindo sua vida, como a expectativa de que homens e meninos não demonstrem emoção, sejam os provedores das famílias ou que ajam com agressividade.
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Essas definições socialmente construídas do que significa ser um homem, enraizadas em uma cultura patriarcal, criam a masculinidade tóxica e a desigualdade de gênero. Temos o poder de romper essa cultura questionando e redefinindo o que significa ser homem ou mulher.
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Então, vamos deixar de lado a ideia de “meninos serão meninos”, vamos rejeitar definições binárias de gênero e reconhecer todas as formas de identidade e expressão de gênero. Vamos celebrar a diversidade e respeitar o direito de cada pessoa de viver como seu “eu” verdadeiro, com toda a gama de emoções, sonhos e capacidades.
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4) Compartilhe o cuidado
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A igualdade de gênero começa em casa.
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Quem faz o que? De cozinhar e limpar, lavar a louça, ajudar as crianças nas lições de casa, buscar água e lenha ou cuidar de crianças e idosos, as mulheres realizam pelo menos duas vezes e meia mais trabalho não remunerado em casa do que homens, o que significa que têm menos tempo para participar do trabalho remunerado. Este trabalho de cuidado não remunerado é o trabalho que possibilita que as famílias e as sociedades funcionem e, no entanto, é amplamente desvalorizado e, muitas vezes, invisibilizado na economia.
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Se você compartilha uma casa, você tem que compartilhar o trabalho 50/50. Lavar a louça ou cozinhar uma refeição ou criar um filho juntos não é “ajudar o seu parceiro”, você só está fazendo a sua parte.
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5) Não tolere a intolerância
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Amor é amor. A liberdade de ser quem você é e amar quem você escolhe é um direito humano fundamental.
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Em todo o mundo, pessoas de sexo diverso, orientação sexual e identidade de gênero continuam a enfrentar discriminação, proliferação de discurso de ódio e atos de violência.
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Quando Helen Tavares, de Cabo Verde, a ilha da costa oeste da África, tinha 14 anos, ela se apaixonou por outra menina na escola.
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“Desde muito cedo, senti que algo sobre mim não era como as outras crianças, eu simplesmente não sabia como explicar o que era”, disse Helen. “Eu sempre gostei do estilo masculino e, por causa disso, fui intimidada na escola”.
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Agora, Helen atua como presidente da Associação LGBTI em Santiago, Cabo Verde, e trabalha para apoiar jovens e acabar com a discriminação e violência contra a comunidade LGBTI.
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Ao falar contra a homofobia, a transfobia e a bifobia, você pode contribuir para uma sociedade mais inclusiva e pacífica. Porque a diversidade é uma força, não uma ameaça.
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