Saiu no site ESPN:
Veja publicação original: ONU Mulheres anuncia Marta como Embaixadora da Boa Vontade
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Por Mayara Munhos
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Nesta quinta-feira (12), a ONU Mulheres anunciou, em Nova Iorque, a nomeação da camisa 10 da seleção brasileira e também do Orlando Pride como Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte. Marta será responsável por se dedicar no apoio ao trabalho das mulheres pela igualdade de gênero e empoderamento feminino ao redor do mundo e encorajará o público feminino a desafiar estereótipos, incluindo na área esportiva.
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Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres, disse em declaração: “Marta Vieira da Silva é um modelo excepcional para mulheres e meninas em todo o mundo. Sua própria experiência de vida conta uma história poderosa do que pode ser alcançado com determinação, talento e coragem. O esporte é uma linguagem universal; nos inspira e nos une, pois amplia nossos limites. Estamos ansiosas para trabalhar de perto com Marta para trazer o poder transformador do esporte para mais mulheres e meninas, e para construir rapidamente a igualdade. Tenho o prazer de recebê-la na família da ONU Mulheres”.
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Já para a maior jogadora de futebol de todos os tempos, é uma honra tornar-se embaixadora da Boa Vontade da ONU mulheres. “Estou totalmente comprometida em trabalhar com a ONU Mulheres para garantir que mulheres e meninas em todo o mundo tenham as mesmas oportunidades que homens e meninos têm para realizar seu potencial e eu sei, da minha experiência de vida, que o esporte é uma ferramenta fantástica para o empoderamento” – disse Marta, que também reconheceu que as mulheres estão cada vez mais demonstrando sucesso em papéis e posições que antes eram mantidas apenas por homens.
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A ONU Mulheres tem alguns projetos de empoderamento feminino já em execução. Um deles é a “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, que começou em 2015, tem como objetivo alcançar a igualdade de gênero até o ano de 2030 e acredita que o esporte é um meio facilitador para o feito. O programa “Uma vitória leva à outra”, desenvolvido em parceria com a Women Win, trabalha com mulheres e meninas do Rio de Janeiro para fornecer treinamento esportivo e habilidades para a vida.
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As mulheres seguem enfrentando problemas no esporte. O exemplo disso é a discrepância de salários. A última Copa do Mundo Feminina de Futebol em que os salários pagos totalizaram 15 milhões de dólares, contra a Masculina, que é de 576 milhões de dólares. Segundo um relatório publicado pela inteligência do Sporting – o Global Sports Salaries Survey (GSSS) – em 2017, as mulheres que estão na elite do esporte ganham em média 1% do que os homens. O ranking da revista Forbes também não exibiu nenhuma mulher entre os 100 atletas mais bem pagos do mundo.
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