Saiu no site FINANÇAS FEMININAS
Veja publicação no site original: O que empoderamento feminino tem a ver com independência financeira?
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Por Ana Paula de Araujo
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Cada vez mais o empoderamento feminino e o feminismo vem ganhando espaço na mídia. Por um lado, isso vem fomentando debates muito ricos e mostrando como mulheres podem se apoiar para alcançar a igualdade de gênero. No entanto, por outro lado, ainda há relutância em discutir o assunto – daí surge o famoso “o mundo está ficando muito chato”, entre outras frases prontas.
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Feminismo: luta por igualdade de gênero
O primeiro preconceito a ser derrubado é o estereótipo que ronda a imagem do que seria uma feminista. Sim, ela pode raspar a cabeça e não se depilar, mas ela também pode cultivar longas madeixas e ser supervaidosa. Em, suma, sua aparência não define seus princípios na luta por igualdade de gênero.
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Também é preciso deixar de lado a história de que “feminismo é o contrário de machismo”. Enquanto o primeiro luta pela igualdade de gênero, o segundo apenas prega a superioridade masculina. Por isso, é preciso abaixar a guarda e ouvir, sem dizer que é frescura ou radicalismo – como acontece com aqueles que insistem em usar o termo “feminazi”, em uma clara alusão ao regime nazista.
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Igualdade de gênero: ocupar mais espaços
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31,6% das mulheres concorreram a um cargo eletivo nas eleições gerais de 2018 e somente 290 foram eleitas. Já no âmbito empresarial, vale mencionar um levantamento realizado pela Talenses em 2019, que diz que as mulheres ocupam uma média de somente 19% dos cargos de liderança nas empresas no Brasil.
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Ainda segundo a pesquisa, nas organizações presididas por mulheres há apenas uma mulher negra no cargo, nenhuma ocupando a vice-presidência ou conselho e apenas 1% faz parte da diretoria.
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A igualdade de gênero não é apenas uma questão social e política mas, também, econômica: um aumento para pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança está diretamente associado a um aumento de 15% na lucratividade das empresas, segundo um estudo do Peterson Institute for International Economics.
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Ao contrário do que acontecia há 50 anos – quando o homem ainda detinha o poder econômico e, portanto, prevalecia o ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo” –, hoje, homens e mulheres trabalham para sustentar o lar. No entanto, o fardo das tarefas domésticas e cuidado com os filhos ainda recaem sobre a mulher. No entanto, estes serviços também são obrigação do homem – por isso, ele não deve se gabar por “ajudar” em casa.
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O que o empoderamento feminino tem a ver com a independência financeira?
Infelizmente, muitas mulheres ainda permanecem em casa e, mesmo estando em relacionamentos extremamente abusivos, não podem se libertar por dependerem financeiramente do marido. É preciso lembrar que isso acontece não por má vontade de trabalhar mas, sim, por diversos fatores, como a culpa em sair de casa e não cuidar dos filhos e o abuso psicológico exercido pelo marido.
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Todos estes fatores contribuem para que uma mulher permaneça presa em um relacionamento abusivo, sem independência financeira e fadado à infelicidade. Por isso, aqui no Finanças Femininas nós levantamos a bandeira da independência financeira: quando tomamos o controle do nosso dinheiro, é mais factível se libertar dessa condição. Não é por acaso que o abuso financeiro está presente em 98% dos casos de violência doméstica nos Estados Unidos, de acordo com dados da All State Foundation.
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Para sair dessa situação, é fundamental contar com a ajuda de outras mulheres. Existem diversas maneiras de empoderar outra mulher, começando pelo simples fato de conversar sobre este tema. Outras possíveis soluções elas explicam ao longo desse bate-papo extremamente enriquecedor.
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Fotos: AdobeStock
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