Saiu na FOLHA DE S. PAULO
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Chefes de Estado e de governo de vários países, associações internacionais e sociedade civil estão juntos, em Paris, em torno de um tema urgente e fundamental: a igualdade entre mulheres e homens .
A capital francesa acolhe, entre esta quarta-feira (30) e 2 de julho, uma segunda etapa do Fórum Geração Igualdade . Lançado na Cidade do México em março de 2021, este grande encontro é organizado em parceria com a ONU Mulheres e copresídio por França e México.
Nossa ambição é fazer deste fórum o encontro feminista mundial mais importante desde a Conferência de Pequim, que aconteceu há mais de 25 anos. Desde essa Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada sob a direção das Nações Unidas em 1995, na China, os direitos da mulher evoluiu.
Mas, ainda hoje, mulheres e meninas são mais afetadas que os homens pela pobreza, pelos conflitos e até pela mudança climática. Elas enfrentam dificuldades, discriminações e violações de direitos em todas as áreas e em todos os países.
Essa constatação se fez infelizmente mais evidente durante a crise da Covid-19 , a qual afetou de forma desproporcional como mulheres: elas estão na linha de frente do combate à pandemia, são maioria na área de enfermagem, bem como no setor de varejo. A pandemia aposentou-se de mulheres uma conquista, para tantas, recentemente celebrada: a de fazer parte do mercado de trabalho. Foram elas que tiveram de se dedicar exclusivamente aos filhos que estão em casa, com aulas suspensas. A crise sanitária ainda restringiu o acesso das mulheres aos serviços de saúde, especialmente os relativos à saúde sexual e reprodutiva. A violência doméstica também aumentou .
Temos uma convicção profunda de que a igualdade de gênero é um vetor de progresso para toda e qualquer sociedade e, diante desses desafios, a França trabalha pela emancipação das mulheres ao redor do mundo
O presidente da República, Emmanuel Macron, tornou essa causa uma prioridade nacional, cujo primeiro pilar é o combate a todas as formas de violência sexista e sexual. No exterior, nossa diplomacia é feminista e coloca a igualdade entre mulheres e homens, bem como a liberdade e os direitos das mulheres, no centro de sua ação internacional. Por isso, a França fez questão de receber esse Fórum Geração Igualdade.
O fórum não é uma conferência internacional tradicional, que reúne Estados e tem como resultado uma declaração final. Não há nenhuma negociação programada. Adotamos uma estratégia inovadora que reúne governos, sociedade civil, setor privado e associações internacionais que, juntos, assumirão compromissos concretos e mensuráveis, que irá acompanhardos no âmbito de coalizões de ação.
Esses compromissos serão articulados em torno de temas como violências baseadas em gênero, a justiça e os direitos econômicos, a autonomia sobre o corpo, a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos, a ação feminista pela justiça climática, a tecnologia e inovação para a igualdade de gênero e os movimentos feministas e liderança.
Será por meio dessa mobilização ampla e conjunta que nós avançaremos concretamente para fazer da próxima geração a geração da igualdade.
TENDÊNCIAS / DEBATES
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