Saiu no site HUFFPOST
Veja publicação no site original: O grito das mulheres contra o feminicídio e pelo fim da violência em 21 imagens
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Da Europa à América Latina, milhares foram às ruas protestar contra altos índices de feminicídio e marcar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher
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Nos últimos dias, milhares de mulheres foram às ruas de países como Itália, França, Bélgica, Espanha, Grécia, México, Colômbia, Chile e Turquia para protestarem contra altos índices de feminicídio e o aumento da violência, além de marcar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
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Instituída pela ONU há dez anos como dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, a data de 25 de novembro lembra um crime ocorrido em 1960, quando as irmãs Minerva, Patria e Maria Teresa Mirabal, conhecidas como “Las Mariposas” e ativistas contra a ditadura, foram mortas a mando do regime do presidente da República Dominicana, Rafael Trujillo.
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Um acontecimento que se tornou símbolo para a luta das mulheres. No último sábado (23), o centro de Paris foi pintado de roxo e vermelho por manifestantes com cartazes e imagens de parentes ou amigas assassinadas por seus atuais ou antigos parceiros. Segundo as agências de notícias Reuters e a AFP, quase 50 mil pessoas marcharam nas ruas da capital francesa.
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Já na Itália, também no mesmo sábado, outras dezenas de milhares de pessoas foram para as ruas mas, desta vez, a cor escolhida foi rosa. Segundo o grupo feminista “Non Una de Meno” (Nem um a menos!, em tradução para o português), o país teve 94 vítimas de feminicídio só em 2019.
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Segundo a Reuters, bandeiras de partidos políticos e sindicatos estavam ausentes a pedido das organizadoras e muitos dos participantes usavam rosa, a cor escolhida para a manifestação. “Somos a voz feroz e poderosa de todas as mulheres que não têm mais voz”, dizia um cartaz de uma participante.
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Na Bélgica, o protesto foi realizado no domingo (24). Manifestantes colocaram pares de sapatos femininos pintados de vermelho do lado de fora de um tribunal para simbolizar as vítimas de feminicídio.
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Cartazes com palavras de ordem como “ela o deixa, ele a mata”, “um vestido não é um ‘sim’” e “meu corpo, minha escolha, meu consentimento” eram vistos no protesto em que cerca de 10 mil pessoas compareceram.
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Ato semelhante aconteceu no Brasil. Ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), espalhou cruzes com laços rosas e pretos. Ao lado delas, sapatos femininos e frases como “SOS” e “basta ao feminicídio” escritas nas cruzes para lembrar as vítimas de feminicídio não só no Brasil, mas em Brasília.
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O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídios, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres.
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Segundo o Atlas da Violência de 2019, 4.963 brasileiras foram mortas em 2017, considerado o maior registro em dez anos. Na década, a taxa de assassinato de mulheres negras cresceu quase 30%, enquanto a de mulheres não negras subiu 4,5%. Entre 2012 e 2017, aumentou 28,7% o número de assassinatos de mulheres na própria residência por arma de fogo.
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“Temos que manter em pauta temas do debate como gênero, a importância de falar nisso, explicar o que é esse conceito, mostrar como ele é importante para que a gente possa compreender essa desigualdade social que acaba se refletindo em violência contra as mulheres, que é a expressão mais dramática disso”, afirma a socióloga Wania Pasinato, ao HuffPost Brasil.
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Da Europa, América Latina até Oriente Médio: abaixo estão 21 imagens das mulheres protestando contra o feminicídio e pelo fim da violência machista:
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Rodrigo Garrido / Reuters
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NurPhoto via Getty Images
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Anadolu Agency via Getty Images
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Rodrigo Garrido / Reuters
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Anadolu Agency via Getty Images
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Pacific Press via Getty Images
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NurPhoto via Getty Images
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ASSOCIATED PRESS
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ASSOCIATED PRESS
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ASSOCIATED PRESS
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ASSOCIATED PRESS
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ASSOCIATED PRESS
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ASSOCIATED PRESS
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ASSOCIATED PRESS
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Francois Lenoir / Reuters
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Stephane Mahe / Reuters
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Cansu Alkaya / Reuters
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Sergio Perez / Reuters
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ASSOCIATED PRESS
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Jose Cabezas / Reuters
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Cansu Alkaya / Reuters
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