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Veja publicação original: Número de vítimas de violências sexuais tem aumento de 53% na França
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O número de pessoas que se consideram vítimas de violências sexuais na França sofreu um forte aumento em 2017. Um estudo divulgado nesta quinta-feira (6) pelo Observatório Nacional de Delinquência e Respostas Criminais (ONDRP) e pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee), aponta que 265 mil indivíduos afirmaram ter sofrido agressões sexuais em 2017, contra 173 mil em 2016.
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O número de pessoas que se consideram vítimas de violências sexuais na França sofreu um forte aumento em 2017.
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De acordo com o ONDRP e o Insee, essas violências não seriam domésticas, ou seja, teriam acontecido fora de casa. O documento revela outro dado importante: 93 mil pessoas afirmam ter sido estupradas ou dizem ter sido alvo de tentativa de estupro no ano passado, contra 58 mil em 2016.
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Para realizar o estudo, 16 mil pessoas foram entrevistadas com o objetivo de tentar medir a delinquência na França além dos dados estatísticos reunidos pela polícia, ouvindo cidadãos que não fazem denúncias formais. De fato, segundo o ONDRP, menos de 15% das violências sexuais são registradas em boletins de ocorrência da polícia francesa.
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O estudo não especifica o sexo das pessoas entrevistadas. Entretanto, várias pesquisas apontam que as mulheres são as principais vítimas deste tipo de violência na França. Segundo a Fundação Jean Jaurès, em Paris, 86% das francesas já foram vítimas de algum tipo de agressão sexual.
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Consequência do movimento #MeToo
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O ONDRP alerta que esse aumento apontado no estudo deve ser analisado “com precaução” devido ao contexto da liberação das vozes contra as violências sexuais, liderada pelo movimento Me Too.
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Segundo o Observatório, o fenômeno pode ter provocado “uma tomada de consciência nas pessoas sobre o estado de vítima, da representação do que é uma violência sexual e resultar em uma reação mais forte por parte das vítimas”.
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A luta contra as violências sexuais se tornou um verdadeiro desafio para os poderes públicos, mas também para a sociedade civil da França. No final de novembro, o Ministério francês do Interior inaugurou uma plataforma na internet para que as vítimas possam registrar na violências sexuais e sexistas online, na tentativa de facilitar as denúncias.
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