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Na França, a lei relativa à interrupção voluntária da gravidez, conhecida como Lei Veil – nome de sua relatora, a então Ministra da Saúde Simone Veil -, é a lei que regulamenta e despenaliza a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Promulgada em 12 de janeiro de 1975, a lei Veil complementa outra lei igualmente elaborada por Simone Veil e promulgada na mesma época, a lei de 4 de dezembro de 1974, que autoriza os centros de planejamento familiar a fornecer anticoncepcionais sob prescrição médica a menores de idade, gratuita e anonimamente.
Perfazendo a base desse primeiro e importante passo, ao mesmo tempo real, político e simbólico para a conquista das mulheres sobre o controle dos próprios corpos, os custos de cuidados e de hospitalização vinculados à IVG passaram a ser cobertos pela seguridade social, primeiro parcialmente, em 1983 e, em seguida, integralmente a partir de março de 2013. Aborto legal e seguro, planejamento familiar e acesso gratuito à contracepção são direitos hoje inscritos na lei francesa e amplamente observados em todo o território nacional e ultramarino.