Saiu no site G1
Veja publicação original: Nº de americanos que acreditam na igualdade de gênero sobe de 35% para 86% em sete décadas
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Estudo analisou respostas de 30 mil residentes dos EUA e mostra que as mulheres tendem cada vez mais a ser vistas como tão competentes e iguais aos homens.
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Subiu o número de americanos que acredita na igualdade de gênero. Em sete décadas, a percepção sobre igualdade entre homens e mulheres saltou de 35% para 86%, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (18) pela revista “American Psychologist”.
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“Identificamos mudanças dos papéis sociais, desafiando as ideias tradicionais de que os estereótipos de homens e mulheres são fixos. Como os papéis foram mudando, mudaram-se também as impressões”, disse em nota Alice Eagly, autora do estudo.
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O levantamento analisou, ao todo, 16 pesquisas de opinião publicadas durante as sete décadas. Foram feitas enquetes com mais de 30 mil residentes dos EUA.
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Algumas coisas não mudam
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Apesar da crescente percepção de igualdade de gêneros, não foi identificada uma mudança na percepção de características “masculinas” e “femininas”. A pesquisa não vê mudanças significativas no entendimento de que mulheres seriam mais sensíveis e homens, mais ambiciosos e agressivos.
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“Observar as diferenças nos papéis esperados tanto para mulheres quanto para homens faz com que as pessoas atribuam diferentes características a eles. Os estereótipos de gênero refletem a posição social de ambos”, diz a pesquisadora.
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Mercado de trabalho
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Para Eagly, a mudança da percepção sobre as competências estaria relacionada, em parte, às transformações sociais facilitadas pelo mercado de trabalho. A participação das mulheres na força laboral aumentou de 32% em 1950 para 57% em 2018, enquanto a participação masculina caiu de 82% para 69%.
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“As mulheres também estudam mais. Há mais mulheres na graduação, no mestrado e no doutorado. diz Eagly. “Mas elas passam aproximadamente duas vezes mais tempo cuidando da casa e dos filhos que os homens.”
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Segundo o estudo, impressão favorável sobre a competência está diretamente relacionada ao trabalho e aos estudos, mas a segregação dos trabalhos domésticos é responsável pelo entendimento de que mulheres são menos ambiciosas e mais doces que os homens.
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A pesquisadora explica que é por conta desta percepção que as trabalhadoras costumam ocupar posições que não exigem comportamentos analíticos, matemáticos e técnicos, consideradas no imaginário popular como mais “masculinas”.
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