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Um homem também já registrou BO pelo crime. Desses casos, 11 viraram inquéritos. Nova lei contra ‘stalking’ entrou em vigor em 1º de abril.
A lei de perseguição virou crime no Brasil há apenas dois meses e, no Amapá, 111 boletins de ocorrência foram registrados contra “stalkers”. Desse total, só em um caso a vítima era homem. A Polícia Civil detalhou que 11 casos viraram inquéritos e, no período de investigações, dois já homens foram presos.
O “stalking” é o ato de perseguir uma pessoa, seja no ambiente físico ou virtual. Agora crime, a prática pode render pena de até 3 anos de reclusão em regime fechado.
‘Prints’ de mensagens recebidas por vítimas do Amapá foram anexadas em inquéritos — Foto: Reprodução
Santana é o município que, até segunda-feira (7), tinha a maioria dos inquéritos instaurados: 5 casos. O titular da Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) da cidade, delegado Edmilson Ferreira, destaca que o crime de perseguição tem englobado principalmente mensagens intimidadoras enviadas nas redes sociais.
“Esse crime é definido como uma perseguição em qualquer meio, como por exemplo na internet. Ele [o stalker] ameaça a integridade física e psicológica de alguém, seja homem ou mulher, até mesmo de invadir a privacidade da vítima”, detalhou o delegado.
Delegado Edmilson Ferreira, titular da DCCM de Santana — Foto: Núbia Pacheco/G1
Ferreira informou ainda que, com a nova lei, é possível evitar outros crimes mais graves, uma vez que o agressor já pode ser punido por outras infrações contra a vítima, além da perseguição. Em um dos casos registrados há inclusive ameaça de morte.
“Por exemplo, se houve a prática de algum crime contra a integridade física da vítima, como uma lesão corporal, o investigado vai responder pelos dois delitos”, informou Ferreira.