Saiu no site G1:
Veja publicação original: “Não me envolvo mais com ninguém”, diz mulher vítima de violência doméstica em Araguaína
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Números de agressão contra a mulher aumentaram em 2018, segundo dados da delegacia especializada. Caso mais recente foi flagrado pela câmera de segurança de um hotel.
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O número de registros de agressões à mulher em Araguaína, está crescendo de maneira preocupante. Só em 2018 já são 309 casos, quantidade que já se aproxima do total de registros em 2017, quando 312 mulheres denunciaram algum tipo de agressão.
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Uma mulher, que já foi vítima de agressões e não quis se identificar, fala do trauma e do sentimento de insegurança.
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“Soco, tapa, sabe? Ameaça. Cê cuidar, zelar de um ser humano e esse ser humano acabar te agredindo e você sentir na pele que qualquer hora ele pode vim te matar, né?[sic] E eu me sinto desprotegida.”
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O caso mais recente em Araguaína foi flagrado pela câmera de segurança de um hotel. O marido dá socos, chutes e puxa o cabelo da mulher. Ele foi preso no mesmo dia e foi liberado horas depois, sem pagar fiança, após uma decisão da Justiça. Nesta terça-feira (21) ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, mas vai responder em liberdade.
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De acordo com a representante da vara especializada da mulher, Gleidsman Milhomem, os números são ainda maiores em casos registrados na justiça. “São 650 casos novos esse ano. Foram julgados 733 casos, e hoje tramitam 1.911 casos de violência doméstica”, comentou.
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Além das marcas físicas de uma agressão, as mulheres que são vítimas também sofrem com o trauma que muitas vezes as impedem de se relacionarem novamente.
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“Impotente, desacreditada, assim que você olha para os homens, já não te passa mais segurança porque você não conhece o coração. Você vai olhar para os outros homens assim e pensar: ‘não, eu não me envolvo mais com ninguém porque aconteceu isso. Será que vai acontecer de novo?’, Fiquei com trauma.”
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As vítimas de qualquer tipo de violência, devem denunciar os casos pelo do número 180 e procurar os órgãos de proteção. Testemunhas também podem fazer denúncias de forma anônima
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