Saiu no Vaticans News
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Apesar de se pensar, como estereótipo, nas mulheres migrantes como meramente dependentes dos homens, ou que apenas se deslocam para se reunirem às suas famílias, existe uma longa história de mulheres que emigram em busca de emprego, tendo-se intensificado o seu número na última década. Estes fluxos migratórios são frequentemente influenciados pela falta de trabalho decente e de igualdade de direitos relativamente às mulheres nos países de origem, e pelo crescente aumento da procura de mão de obra feminina nos países de destino.
Muitas vezes, as mulheres migrantes enfrentam vários desafios e obstáculos. Convicções estereotipadas sobre a competência das mulheres para desempenharem determinados cargos têm limitado as suas oportunidades de trabalho nos países anfitriões. Como consequência, as mulheres migrantes não têm outra escolha a não ser procurar empregos em “setores invisíveis”, o que as expõe ao perigo da má informação, do trabalho indigno, do tráfico de pessoas, da extorsão e do abuso. Amiúde, ao conseguirem um emprego, as mulheres trabalhadoras migrantes não conseguem aceder aos sistemas formais de transferência de dinheiro, e frequentemente encontram-se excluídas do direito ao reagrupamento familiar, e também do direito de terem filhos nos países de acolhimento.