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MULHERES SE UNEM PARA SE PROTEGER NA QUARENTENA

Saiu no site CDD

Veja publicação original: MULHERES SE UNEM PARA SE PROTEGER NA QUARENTENA

 

Pode parecer absurdo, mas em meio à pandemia, temos que nos preocupar mais ainda com a violência contra mulheres. Estar em casa durante a quarentena torna as mulheres mais vulneráveis. Com o isolamento e os serviços públicos parcialmente fechados ou com atendimento remoto, existe a possibilidade real de um crescimento no número de casos de violência que ficarão represados neste período por causa da pandemia. Diante dessa perspectiva, diversas iniciativas surgiram para ajudar as mulheres que se encontram numa situação de vulnerabilidade e violência doméstica.

No Rio Grande do Sul,  Judiciário, Defensoria e ONGs de apoio passaram a oferecer atendimento online. No Rio de Janeiro, foi registrado pelo plantão judiciário do Estado um aumento de 50% no registro dos casos de violência doméstica durante o período de confinamento.  Na China, epicentro do coronavírus, o número de denúncias aumentou em três vezes durante o isolamento, que, aos poucos, está sendo suspenso em determinadas regiões do país, como em Wuhan, origem da Covid-19. Nos Estados Unidos, a preocupação das autoridades é que o distanciamento social imposto pelos governos como medida sanitária seja usado como argumento dos agressores para afastar ainda mais as vítimas do convívio familiar que, de certa forma, as protege.

Já o Projeto Justiceiras, executado via whatsapp, surgiu para conectar médicas, psicólogas e assistentes sociais, todas voluntárias, a mulheres vítimas de violência doméstica. O número do Whatsapp para as mulheres vítimas de violência doméstica buscarem ajuda é (11) 99639-1212. As vítimas têm acesso também a vídeos informativos, além do atendimento.

É importante que as mulheres utilizem de algumas medidas de proteção caso aconteça algum episódio de violência em casa, mas, o mais importante é: Denuncie!

  1. Não buscar apoio no abusador para acalmar suas ansiedades.
  2. Evitar críticas ao comportamento do abusador.
  3. Não se culpar pelo abuso.
  4. Elaborar um plano de fuga.
  5. Criar momentos de alegria para manter a sua saúde física e mental.
  6. Identificar áreas seguras dentro da casa e correr para estas áreas em caso de briga (importante não correr para onde as crianças estão).
  7. Durante um ataque violento, ir para um canto de parede, sentar-se no chão e enrolar-se como uma bola, com o rosto protegido, braços ao redor de cada lado da cabeça e dedos entrelaçados.
  8. Ensinar os filhos a não se envolver na discussão entre o casal e a pedir ajuda quando forem solicitados.
  9. Manter trancados ou inacessíveis os objetos que podem servir como armas: facas, tesouras ou ferramentas.
  10. Documentar-se com fotos, vídeos e outras provas do abuso e denunciar às autoridades oficiais.

Onde buscar ajuda

Discar 180 (Secretaria de Políticas para Mulheres – SPM). Denúncias anônimas e gratuitas serão encaminhadas ao Ministério Público.

Discar 190 (Polícia Militar)

Em caso de emergências, para flagrantes e condução da vítima e agressor para hospital ou delegacia.

 

 

 

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