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Veja publicação original: Mulheres se reúnem para discutir enfrentamento a violência doméstica
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Por Verlane Estácio
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Mulheres representantes de várias instituições, movimentos sociais e organizações não governamentais se reuniram na tarde desta terça-feira, 4, no prédio do Tribunal de Justiça, para debater os desafios no enfrentamento a violência doméstica. A iniciativa é do grupo Mulheres do Brasil.
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A juíza Iracy Mangueira, uma das palestrantes, destacou que o encontro foi pensado com o objetivo de unir forças em prol da construção de políticas públicas que mudem o cenário de violência contra a mulher. “A ideia é que, em conjunto, possamos traçar e executar políticas que modifiquem essa cultura, que tem contribuído para a perpetuação da violência ao ponto de que diuturnamente somos acionados para agir diante de situações concretas de violência contra a mulher’.
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A juíza destaca que a conscientização pode levar a mudança de comportamento, tanto de mulheres como homens. “A discussão leva à conscientização. A mulher hoje é mais consciente e, por isso, busca seus direitos e sai da invisibilidade. Por outro lado, percebemos que é preciso olhar para o autor da violência e chamá-lo para que ele repense seu agir. Para isso, existem os grupos reflexivos onde o homem reflete sobre sua prática e elabora uma nova maneira de se relacionar socialmente sem vitimizar nenhuma mulher”, destaca.
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Pra a juíza, o principal desafio é instituir, independentemente de gestão, ações de enfrentamento a violência contra a mulher como política de governança dos poderes execut
ivo, legislativo e judiciário. “Que as gestões passem, mas que a política de enfrentamento a violência doméstica contra a mulher permaneça com capacidade de mudar essa cultura que nos agride pela condição de ser mulher”, opina.
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A psicóloga Claudia Soledade, líder do grupo Mulheres do Brasil em Sergipe, acrescenta que as ações de enfrentamento a violência doméstica tem como desafio a mudança de mentalidade das pessoas. “É preciso uma mudança de cultura e de mentalidade, que consiste em você trabalhar junto às mulheres, mas também com toda a família, incluindo as crianças e os homens. A gente precisa executar ações que cheguem a todos os públicos e que contribuam com todas as pessoas envolvidas na família.
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O evento também contou com palestras da advogada Adélia Moreira Pessoa, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE); da advogada Soraya Andrade, que também é membro da Comissão em Defesa da Mulher OAB/SE e de Sabrina Duarte Cardoso, psicóloga da Coordenadoria da Mulher do TJ.
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